Carpe Diem (Progressive Rock {França})

Carpe Diem foi uma

banda de rock progressivo

fundada em Nice, França, em

1970 (inicialmente Deis Corpus)

e dissolvida em 1979. A banda

foi reformada em 2014.

HISTÓRIA

DO PRIMEIRO ÁLBUM À SEPARAÇÂO

Em 20 de janeiro de 1976, Jean-Bernard Hebey apresentou um concerto em Nancy intitulado Free Festival, um caso difuso com Mona Lisa, Tangerine, Carpe Diem e Ange. Hebey era um grande defensor do rock francês (e particularmente francófono), e transmitia seu próprio show na RTL, uma das três maiores estações de rádio da França. O show de Nancy foi pré-gravado e transmitido nacionalmente, levando a Carpe Diem para um público mais amplo e dando-lhes uma publicidade valiosa no período que antecedeu o lançamento de seu primeiro álbum.

O primeiro álbum, "En regardant passer le temps", foi bem recebido pela imprensa musical, especialmente Rock'n'Folk, que o revisou junto com o segundo álbum da Atoll. Alain Bergé então foi à feira Midem naquele mesmo janeiro para tentar angariar apoio e seus esforços ganharam as entrevistas da banda na RTL e na Radio-Monté-Carlo, Alain também abordou o radialista francês Michel Lancelot que estava planejando cobrir uma feira do livro em Nice. Lancelot disse que ficaria feliz em ter Carpe Diem realizando um número durante sua transmissão. Por volta dessa época, Yves Yeu, o homem do som e luzes da banda, saiu. Ele era intendente em uma escola e havia sido transferido para outra região, mas antes de partir ele forneceu a Carpe Diem um substituto, Gilles Bertho.

Gilles começou sua carreira com uma banda chamada Kuiss em 1970, tocando guitarra rítmica ao lado de seu amigo de infância e fundador da banda Jean-Claude Tarin (que mais tarde tocaria órgão Hammond e Mini-moog no álbum da Visitors). Tarin formou a Orion, que empregou Yves Simon (sob o pseudônimo de Yves Yeu para evitar confusão com o conhecido cantor francês) como seu técnico de som. Orion também contou com o baterista Jean-Mare Mountain, que substituiu Claude Mechard em Carpe Diem por alguns meses em 1974. Gilles então seguiu Jean-Claude na Mosaique, que incluiu outro membro da Carpe Diem, Alain Faraut. Todas essas pequenas bandas tocaram material original junto com versões cover, Gilles trabalhou principalmente como técnico de som, mas também fazia vocais de apoio e tocava percussão da mesa de mixagem durante os shows! Ele também ajudou Alain Bergé a encontrar shows. Em março de 76 Yves retornou a Nice (depois de ter abandonado seu emprego) e voltou a Carpe Diem, mas como Gilles estava lidando com o som, ele assumiu como único engenheiro de iluminação.

Incentivado pelo empresário Jean-Claude Pognant, Carpe Diem passou 1976 em turnê por toda a França, misturando mini-tours com shows remotos e pontuais. Em fevereiro, eles participaram de uma série de shows intitulada Festival Arcane, que contou com vários artistas da gravadora. Nos dias 16 e 17 de abril, Carpe Diem apresentou-se no Golf-Drouot. Seu repertório na época apresentava todo o primeiro álbum e "Requiem pour un mutant", com letra de Christian e do amigo de infância de Claude Mechard, Roland Baldelli.

Durante o mês de julho, a banda excursionou com Le Rock d'Ici, um evento especial organizado pela Arcane e patrocinado pela revista Best e Sud-Radio que novamente contou com artistas da gravadora, e como headliner, Ange. A primeira turnê desse tipo na França, começou em Beaucaire no dia 30 de junho. Uma agência inglesa garantiu iluminação e som, mas problemas surgiram no show de Carcassonne em 12 de julho, fazendo com que o show fosse cancelado no último momento. Para benefício dos fãs, músicos das várias bandas realizaram uma jam-session acústica à volta de uma grande fogueira a lenha num dos grandes espaços abertos dos desfiladeiros desta cidade medieval. Este foi assistido por 1000 pessoas.

Magma substituiu Ange nos dois últimos concertos, incluindo o concerto de St. Martin-de-Ré em 17 de julho. A turnê foi um sucesso retumbante - 2.000 pessoas apareceram em Toulon e os shows finais com a Magma foram especialmente populares. Um álbum duplo de lembrança da turnê havia sido gravado, mas a fita de duas faixas usada era de qualidade de som tão inferior que o disco nunca foi lançado.

A banda deixou sua antiga adega de ensaio em Nice para um celeiro na casa de campo de Alain Faraut. Entre julho e setembro eles trabalharam em novas composições. Christian criava as melodias e Claude e Gilbert trabalhavam juntos para integrar Meir Paris no desenvolvimento do tema. Às vezes eles faziam fade in, combinavam e faziam overdub em seus respectivos solos ou os misturavam com os sons eletrônicos do órgão. A banda estava desfrutando de uma reputação crescente. Eles obtiveram vendas saudáveis ​​com seu primeiro álbum (10.000 a 15.000 cópias na França e pelo menos 1.000 cópias de uma prensagem especial canadense) e tinham um contrato exclusivo de três anos com Pognant. Pediram-lhe agora que marcasse sessões de gravação para o seu segundo álbum e, ciente do seu potencial comercial, obrigou-os a contratar o estúdio Azurville, em Antibes.

Carpe Diem estava no processo de fazer amizade com os jovens músicos da banda Shylock, com sede em Nice, neste momento. Essa aliança incluiu empréstimos de equipamentos, transporte etc., bem como a troca de endereços de promotores de shows. Carpe Diem também era amigo de outras bandas da Arcane, como Tangerine e também Atoll. No entanto, em novembro de 76, a Arcane teve problemas, tendo que mudar seu nome para Crypto, pois uma gravadora inglesa havia retirado os direitos autorais do nome anterior. Eles também mudaram de distribuidor, mudando de WEA para RCA.

Em dezembro de 1976, Carpe Diem entrou novamente no estúdio de Jean-Pierre Massiera em Azurville. Eles gravaram todo o material novo que escreveram desde o primeiro álbum e gravaram em 16 faixas em apenas 10 dias, dois dias a mais do que as sessões do primeiro álbum. O grupo trabalhou intensamente, às vezes das dez da manhã até as três da manhã seguinte: como no primeiro álbum, eles tocaram uma longa suíte para inclusão no lado 1 e peças melódicas mais curtas e concisas no lado 2. Christian usou um piano de cauda para a lírico e clássica "Divertimento", mas tive que gravá-la em 15 minutos porque o estúdio estava muito quente e o piano desafinava. Christian ainda estava usando seu órgão Gem modificado e também um novo conjunto de cordas. Bernard Belan e Pierre Bucco foram engenheiros de som para a gravação.

Pognant achou que a banda tinha um futuro internacional e convenceu Christian a gravar os vocais em inglês escritos por Yves Yeu e traduzidos por Gilles Bertho. O título do disco causou mais problemas - eventualmente a banda decidiu por uma tradução francesa de seu nome latino. Um fotógrafo amigo da banda, Jean Roux, foi encarregado do design da capa, que apresentava um rosto feminino reconstituído por uma gota de chuva na frente e nas costas uma foto de um pássaro, sobre a qual outras fotos modificadas foram sobrepostas. A inserção lírica apresentava um desenho surrealista de Jean Roux, que apresentava outras fotografias retocadas.

O álbum apresenta seis faixas, uma das quais, "Naissance" foi a abertura dos shows da banda durante o período do Le Rock d'Ici. Lançado em março de 1977, "Cueille le jour" recebeu críticas boas, mas insignificantes, e vendeu um pouco menos do que seu antecessor. A versão em inglês nunca foi lançada, por motivos ainda desconhecidos. Vale a pena registrar um incidente dessa época: durante um show na região de Savoy, a guitarra Jacobacci de braço duplo de Gilbert caiu no palco e um dos braços quebrou, forçando Gilbert a terminar o show com apenas um braço de guitarra operacional!

Em agosto do mesmo ano, Alain Bergé e o Comité des Fêtes de St. Jean Cap Ferrat organizaram um festival com a banda de hard rock Amanite, liderada por guitarras e teclados, a banda progressiva etérea, tipo Pentacle, Metabolisme (de Menton, e outra banda da Crypto), Tangerine, Carpe Diem e o headliner Jacques Higelin. O evento acabou por ser um grande sucesso, atraindo 3.000 espectadores. No dia 25 de setembro Carpe Diem acompanhou a Metabolisme no palco do festival Crypto, em Belfort. Este foi um evento como o Le Rock d'Ici, mas também contou com outros novos atos da Crypto, como os hard-rockers Ocean, a banda de blues Mike et Sa Clique e o power-trio Ganafoul. Com apenas 500 pessoas aparecendo nos dois dias, o festival foi um fracasso, em parte devido ao local e em parte devido à ausência de um headliner inglês. Gilbert já estava cansado e desiludido. Ele queria uma vida mais estável e, depois de um último show em Puget-Theinier, perto de Nice, anunciou que estava saindo.

A banda então entrou em contato com um velho amigo, Georges Ferrero, um cantor-guitarrista-compositor de Nice - ele era um músico autodidata que tocava com bandas de rock locais e também se apresentava em clubes folclóricos. Ele substituiu Gilbert e começou os ensaios com a Carpe Diem. Seu primeiro show foi no Palais des Congrês, de Juan-Les-Pins, na frente de 300 pessoas. Dois meses depois, em novembro, a banda excursionou pelo leste da França (Epinal, Nancy, Toul etc) e, em St. Dié, mais infortúnio ocorreu quando o baixo de Alain Bergé quebrou durante o intervalo - mas felizmente, os promotores do concerto encontraram para ele um novo instrumento para permitir que ele terminasse o concerto.

A apresentação da banda no palco não foi espetacular, mas utilizou um sofisticado show de luzes, apresentando a execução de mais de 300 slides, o trabalho de Jean Roux, Yves Yeu, seu técnico de som inglês desde que esteve com a banda em 74 (e mais tarde com a Tangerine) e o pintor André Zenou. Esses slides foram projetados sobre a banda e em um telão (4mx8m) atrás dos músicos. Eles tinham a intenção de ilustrar a atmosfera de cada música. A banda usou alguns outros efeitos visuais e sonoros, principalmente no início das peças para sintonizar a mente do espectador. A performance inteira duraria duas horas e contou com a maior parte do material dos dois álbuns, bem como a versão longa de "Voyage sans retour".

O grupo sofria de gestão insuficiente e Alain Bergé assumiu essa tarefa, mas em janeiro de 1978 ele achou demais para combinar com seu baixo e decidiu se concentrar apenas na gestão. Para isso, ele usou os escritórios da administração da Carpe Diem, Clarence Music, que cuidava deles desde 1976.

A busca por um baixista substituto mostrou-se infrutífera até que Claude-Marius recomendou Gérald Macia, um violonista. A banda não teve outra opção a não ser pedir a Georges que tentasse tocar baixo e instruiu Gérald a aprender os rudimentos da guitarra elétrica em um mês! Gerald alcançou seu objetivo e se juntou à banda em fevereiro de 1978. Ele também tocava violino, o que trouxe novas possibilidades melódicas e potencial colorístico para a Carpe Diem. Georges, por sua vez, tocou baixo e violão em algumas faixas. Ele também compartilhou os vocais com Christian.

Georges foi influenciado pelas formas folclóricas e de canções. Gérald, que estudou violão em um conservatório por três anos, tocou com bandas folclóricas e também foi influenciado por esse estilo, mas também gostava de música medieval e barroca, que se misturava bem com o jazz de Claude-Marius e as inclinações rock progressivas de Alain e Christian. Christian compôs duas longas faixas, Gérald trouxe uma peça acústica e Georges uma música - planos estavam sendo feitos para um terceiro álbum.

Em julho/agosto de 1978 a banda realizou uma turnê de 30 datas no oeste da França, tocando em salões e centros culturais. Alain Bergé e Gilles Bertho obtiveram os contratos e foram os únicos responsáveis ​​pela organização desta turnê que foi em grande parte centrada na Bretanha. A banda reclamou da atitude da Crypto: poucos cartazes, poucos discos nas lojas das cidades que visitavam. Jean-Claude Pognant estava muito ocupado com outros atos da Crypto e não podia mais assumir esses trabalhos. Os músicos já haviam se tornado profissionais - sua paixão havia se tornado sua carreira.

Nessa época, a banda costumava dividir um palco em Nice com uma banda do tipo King Crimson, Arkhorn, que empregava a irmã de Christian, Claudie, como tecladista. Ela às vezes se juntava a Carpe Diem cantando nos vocais de apoio.

Carpe Diem continuou planejando seu terceiro álbum, mas não estando satisfeito com as condições em que gravaram o segundo, eles queriam um estúdio melhor, um mês de gravação e um orçamento maior. Pognant achou que suas demandas eram muito grandes, Alain Bergé rescindiu o contrato da banda com a Crypto e começou a entrar em contato com grandes gravadoras. Mas aqueles que não responderam negativamente fizeram ofertas inadequadas, o que significaria promoção praticamente insuficiente para a banda.

Uma fita demo com várias novas composições foi gravada com uma máquina de duas pistas na cripta de uma igreja em Villefranche, perto de Nice, que foi gentilmente emprestada à banda pelo padre local. Esta fita foi enviada para Jean-Marc Bailleux do Rock'n'Folk, que a revisou sob sua rubrica "Beret Basque". Ele escreveu sobre o pessoal da banda e as mudanças musicais, enfatizando a contribuição do violino para os aspectos românticos e melódicos de sua música. Alain Bergé anunciou que a fita era o novo álbum da banda e Bailleux a divulgou como tal, destacando sua ruptura com a Crypto no processo. Mas nenhuma gravadora queria lançar a fita comercialmente. Além disso, com a ascensão do punk, a banda estava achando mais difícil conseguir shows.

Em 1979, Alain Bergé e o comitê de festivais dc St. Jean Cap Ferrat organizaram outro, desta vez oferecendo uma seleção diversificada de bandas locais. Estas variaram de punk, hard-rock (Karoline, que contava entre seus membros o ex-guitarrista da Amanite, Jeff Castaldi), new wave, progressivo e bandas de jazz-rock. Carpe Diem tocou lá também. A banda também trabalhou como banda de apoio anônima no álbum de 1979, "Les chiens", do cantor de protesto Jean-Louis Caillat (Caillat era outro músico de Nice). Mas sem perspectiva de lançamento de seu terceiro álbum, eles decidiram se separar e, como despedida, tocaram um set de 20 minutos (em playback) para o canal de TV local FR3 em outubro.

Em 1982, Christian foi contatado por Christian Robin, o líder de outro grupo de Nice, Step Ahead: Gérald Macia, que se juntou à última como guitarrista acústico, aconselhou Robin a recrutar Christian como tecladista para o álbum que a Step Ahead estava planejando na época. Mas algumas semanas antes da gravação, Christian teve que desistir quando outro projeto, com a Phonogram, interveio. Ele compôs muitas músicas com seu amigo letrista André Baldelli, algumas das quais tomaram forma operística. Ele sugeriu que a Step Ahead usasse sua irmã Claudie, que devidamente rearranjou e tocou as partes do teclado do que se tornou uma obra-prima progressiva, afirmando seu talento em um piano de cauda Bôsendorfer, bem como em vários sintetizadores. Claude-Marius David também apareceu neste álbum, tocando flauta em uma música. No entanto, após uma mudança imprevista de diretor artístico, a Phonogram cancelou o contrato para o álbum de Christian e André Baldelli.

De 1980 a 1985, Christian e sua irmã (no piano) e Claude-Marius compuseram e tocaram música para uma companhia teatral chamada Lou Pantai. Em 1985, Christian formou a Vilain Tintin com Alain Faraut, Claude-Marius, Gérald Macia (no baixo) e Claudie. A banda tocou músicas de rock, mas depois de oito meses de ensaios se separaram para sempre. Christian tornou-se então engenheiro de som e trabalha para o estúdio de seu amigo Jean-Yves Perrut, os dois compõem músicas para uso em rádios. Enquanto isso, Alain Bergé continuou sua carreira de empresário, alcançando algum sucesso com a Karoline, mas depois voltou ao seu antigo emprego como decorador de cinema. Gilbert abriu uma loja de discos e agora é representante de vendas. Claude-Marius se juntou a várias bandas africanas antes de sua morte prematura no verão de 1993, Gérald, que havia substituído o co-fundador da Step Ahead, Aldo Gullino, como guitarrista da banda, permaneceu naquele show por um tempo. A banda passou por uma mudança radical, Claudie, o baterista e o baixista saindo, e em 1984 Gerald saiu também, citando "diferenças musicais" como a causa. Ele agora dá aulas de violão. Alain Faraut passou a escrever letras para Vilain Tintin. Georges Ferrero juntou-se a uma sucessão de bandas e agora acompanha um cantor. Gilles Bertho montou sua própria agência de som.

REFORMA

A banda passou por um longo hiato até 2014, quando decidiram reformar a banda e preparar material para o lançamento de um novo álbum, "Circonvolutions", lançado em 2015 e que entre suas faixas apresentou duas gravações ao vivo - "L'imagerie fantastique" e "Jardin de verre" - de maio do ano de 1978. Nesta gravação a formação contou com Christian Truchi (piano, teclados, vocal principal), Alain Faraut (bateria, percussão), Georges Ferrero (baixo, vocal, guitarra), Gilber Àbbenanti (guitarra, ebow), Gèrald Macia (guitarra, violão, violino) e a participação do músico Marius David (tenor e soprano saxofones, flauta e percussão). O álbum também é muito bom, agradável e altamente recomendado.

⭐⭐⭐⭐⭐

Carpe Diem was a progressive

rock band founded in Nice, France in

1970 (initially as Deis Corpus) and

disbanded in 1979. The band was

reformed in 2014.

HISTORY

FROM THE FIRST ALBUM TO THE SPLIT

On 20th January 1976, Jean-Bernard Hebey hosted a concert in Nancy entitled Free Festival, a diffuse affair featuring Mona Lisa, Tangerine, Carpe Diem and Ange. Hebey was a great supporter of French (and particularly Francophone) rock, and broadcast his own show on RTL, one of France's big three radio stations. The Nancy concert was pre-recorded and broadcast nationally, bringing Carpe Diem to a wider audienve and giving them valuable publicity in the run-up to the release of their first album.

The first album, "En regardant passer le temps", was well-received by the music press, especially Rock'n'Folk, who reviewed it together with Atoll's second album. Alain Bergé then went to the Midem fair that same January to try and drum up support and his efforts won the band interviews on RTL and Radio-Monté-Carlo, Alain also approached the French TV broadcaster Michel Lancelot who was planning to cover a book fair in Nice. Lancelot said he'd be happy to have Carpe Diem perform a number during his broadcast. At around this time Yves Yeu, the band's sound and lights man, left. He was an intendant in a school and had been transferred to another region, but before he left he provided Carpe Diem with a replacement, Gilles Bertho.

Gilles had begun his career with a band called Kuiss in 1970, playing rhythm guitar alongside his childhood friend and band founder Jean-Claude Tarin (who would later play Hammond organ and Mini-moog on the Visitors album). Tarin went on to form Orion who employed Yves Simon (under the pseudonym Yves Yeu to avoid confusion with the well-known French singer) as their soundman. Orion also featured drummer Jean-Mare Mountain who deputrised for Claude Mechard in Carpe Diem for a few months in 1974. Gilles then followed Jean-Claude into Mosaique who included another latterday Carpe Diem sticksman, Alain Faraut. All of these small bands played original material together with cover versions, Gilles worked mainly as a sound technician but also sang backing vocals and played some percussion from the mixing desk during gigs! He also helped Alain Bergé find gigs. In March 76 Yves returned to Nice (after having abandoncd hisjob) and rejoined Carpe Diem, but as Gilles was handling sound, he took over as sole lighting engineer.

Urged on by manager Jean-Claude Pognant, Carpe Diem spent 1976 touring the whole of France, mixing mini-tours wilh remote one-off gigs. In February, they participated in a series of concerts entitled Festival Arcane which featured several of the label's acts. On 16th and 17th April, Carpe Diem performed at the Golf-Drouot. Their repertoire at that time featured their entire first album and "Requiem pour un mutant", with its lyrics by Christian and Claude Mechard's childhood friend Roland Baldelli.

During July, the band toured with Le Rock d'Ici, a special event organised by Arcane and sponsored by Best magazine and Sud-Radio which again featured the label's acts, and as headliner, Ange. The first tour of its kind in France, it began in Beaucaire on June 30th. An English agency insured lighting and sound but problems cropped up at the Carcassonne gig on July 12th, causing the gig to be cancelled at the last moment. For the benefit of the fans, musicians from the various bands performed an acoustic jam-session around a big wood fire in one of the big open spaces in the gaps of this medieval city's ramparis. This was watched by 1000 people.

Magma replaced Ange for the final two concerts, including the St. Martin-de-Ré concert on 17th July. The tour was a resounding success - 2000 people had turned up at Toulon and the final gigs with Magma were especially popular. A souvenir double-album of the tour had been recorded but the two-track tape used was of such inferior sound quality that the record was never released.

The band left its old rehearsal cellar in Nice for a barn at Alain Faraut's countryside house. Between July and September they worked on new compositions. Christian would come up with the melodies, and Claude and Gilbert would then work together to integrate Meir paris into the development of the theme. Sometimes they would fade in, combine and overdub their respective solos or mix them with the electronic sounds of the organ. The band were enjoying a growing reputation. They had obtained healthy sales with their first album (10,000 to 15,000 copies in France and at least 1000 copies of a special Canadian pressing) and they had an exclusive three-year contract with Pognant. They now asked him to set up recording sessions for their second album and, well aware of their commercial potential, he obliged them hiring the Azurville studio, in Antibes.

Carpe Diem were in the process of befriending the young musicians of the Nice-based band Shylock at this time. This alliance included loans of equipment, transport etc., as well as the exchange of concert promoters' addresses. Carpe Diem were also friendly with other Arcane' bands such as Tangerine and also Atoll. In November 76, though, Arcane ran into trouble, having to change their name to Crypto as an English label had taken out copyright on the former name. They also changed distributors, switching from WEA to RCA.

In December 1976 Carpe Diem entered Jean-Pierre Massiera's Azurville studio once again. They recorded all the new material they'd writtensince their first album and recorded it on 16-tracks in just 10 days, two days more than the sessions for their first album. The group worked intensively, sometimes from ten in the morning until three the next morning: as with their first album, they played a long suite for inclusion on side 1 and shorter, more concise, melodic pieces on side 2. Christian used a grand piano for the lyrical and classically-based "Divertimento" but had to record it in 15 minutes because the studio was so warm and the piano went out of tune. Christian was still using his modified Gem organ and also a new string-ensemble. Bernard Belan and Pierre Bucco were sound engineers for the recording.

Pognant thought the band had an international future and persuaded Christian to record English vocals written by Yves Yeu and translated by Gilles Bertho. The title of the record caused more problems - eventually the band decided on a French translation of their Latin name. A photograper friend of the band, Jean Roux, was charged with the design of the sleeve which featured a raindrop-reconstituted female visage on the front and on the back a photo of a bird on which other modified shots were superimposed. The lyric insert featured a surrealist Jean Roux drawing which featured further retouched photographs.

The album features six tracks, one of which, "Naissance" was the band's show-opener during the Le Rock d'Ici period. Released in March 1977, "Cueille le jour" received good but insignificant reviews and sold slightly less well than its predecessor. The English version was never released, for reasons stillunknown. One incident from this time is worth recording: during a gig in the Savoy region, Gilbert's double-neck Jacobacci guitar fell onto the stage and one of the necks was broken, forcing Gilbert to finish the concert with only one operational guitar-neck!

In August of the same year Alain Bergé and the festival committee of St. Jean Cap Ferrat organised a festival with the guitar/keyboards-led hard-rock band Amanite, the ethereal, Pentacle-like progressive band Metabolisme (from Menton, and another Crypto band), Tangerine, Carpe Diem and headliner Jacques Higelin. The event tumed out to be a great success, attracting 3000 spectators. On 25th September Carpe Diem followed Metabolisme on stage at a Crypto festival, in Belfort. This was an event like Le Rock d'Ici but also featured other new Crypto acts like hard-rockers Ocean, blues band Mike et Sa Clique and the power-trio Ganafoul. With only 500 people turning up over the two days the festival was something of a failure, partly due to the venue and parly due to the absence of an English headliner. Gilbert had by now grown tired und disillusioned. He wanted a more stable life and, after one final gig in Puget-Theinier, near Nice, he announced that he was leaving.

The band then contacted an old friend, Georges Ferrero, a singer-guitarist-composer from Nice - he was a self-taught musician who played with local rock bands and also appeared at folk clubs. He replaced Gilbert and began rehearsals with Carpe Diem. His first gig was at Juan-Les-Pins' Palais des Congrês in front of 300 people. Two months later, in November, the band toured eastern France (Epinal, Nancy, Toul etc), and at St. Dié more misfortune occured when Alain Bergé's bass was broken during the interval - but luckily, the concert promoters found him à new instrument to enable him to end the concert.

The band's stage act was unspectacular but utilised à sophisticated light-show, featuring the play of more than 300 slides, the work of Jean Roux, Yves Yeu, their English sound technician since who had been with the band in 74 (and later with Tangerine) and painter André Zenou. These slides were projected over the band and onto a large screen (4mx8m) behind the musicians. They were intented to illustrate the atmosphere of each song. The band used some other visual and sonic effects, particularly at the start of pieces to attune the mind of the spectator. The whole performance would last two hours and featured most of the material from the two albums as well as the long version of "Voyage sans retour".

The group was suffering from insufficient management and Alain Bergé took on this task, but by January 1978 he found it too much to combine with his bass-playing and decided to concentrate solely on management. To this end he used the offices Carpe Diem's management, Clarence Music, who'd looked after them since 1976.

The search for a replacement bassist proved fruitless until Claude-Marius recommended Gérald Macia, an acoustic guitarist. The band had no option but to ask Georges to try and play bass and instructed Gérald to learn the rudiments of the-electric guitar- in a month! Gerald achieved his goal and joined the band in February 1978. He also played violin which brought new melodic possibilities and coloristic potential to Carpe Diem. Georges, meanwhile, played bass and acoustic guitar on some tracks. He also shared the vocals with Christian.

Georges was influenced by folk and song forms. Gérald, who'd studied acoustic guitar at a conservatoire for three years had played with folk bands and was also influenced by this style, but he also liked medieval and baroque music, which mixed well with Claude-Marius' jazzy and Alain and Christian's progressive rock leanings. Christian composed two long tracks, Gérald brought an acoustic piece and Georges a song - plans were being laid for a third album.

In July/August 1978 the band undertook a 30-date tour in the West of France, playing in halls and in cultural centres. Alain Bergé and Gilles Bertho obtained the contracts and were wholly responsible for the organisation of this tour which was largely centred on Brittany. The band complained about Crypto's attitude: too few posters, not enough records in the shops of towns they visited. Jean-Claude Pognant was too busy with other Crypto acts and could no longer take on these jobs. The musicians had by now become  professionals- their passion had become their career.

At this time the band would often share a stage in Nice with a King Crimson-like band, Arkhorn, who employed Christian's sister Claudie as keyboard-player. She would sometimes join in Carpe Diem singing backing vocals.

Carpe Diem continued planning their third album but having been less than satisfied with the conditions under which they'd recorded their second, they wanted a better studio, a month's recording time and a bigger budget. Pognant thought their demands were too great, Alain Bergé severed the band's contract with Crypto and started contacting major record labels. But those who didn't reply negatively made inedequate offers which would have meant practically insufficient promotion for the band.

A demo-tape featuring several new compositions was recorded with a two-track machine in the crypt of a church in Villefranche near Nice, which has been kindly lent to the band by the local priest. This tape was sent to Rock'n'Folk's Jean-Marc Bailleux, who reviewed it under his rubric "Beret Basque". He wrote about the band's personnel and musical changes, stressing the contribution of the violin to the romantic and melodic aspects of their music. Alain Bergé announced that the tape was the band's new album and Bailleux publicised it as such, highlighting their break from Crypto in the process. But no label wanted to release the tape commercially. Additionally, with the rise of punk, the band were finding gigs harder to come by.

In 1979, Alain Bergé and the festival committee of St. Jean Cap Ferrat organised another, this time offering a diverse selection of local bands. These ranged from punk, hard-rock (Karoline, which counted among its members the ex-Amanite guitarist, Jeff Castaldi), new-wave, progressive and jazz-rock bands. Carpe Diem played there too, The band also worked as the anonymous backing band on protest-singer Jean-Louis Caillat's 1979 album "Les chiens" (Caillat was another Nice musician). But with no prospect of a release for their third album they decided to split and as a farewell they played a 20-minute set (in playback) for the local TV channel FR3 in October.

In 1982, Christian was contacted by Christian Robin, the leader of another Nice group, Step Ahead: Gérald Macia who'd joined the latter as acoustic guitarist, advised Robin to recruit Christian as keyboardist for the album that Step Ahead were planning at the time. But a few weeks before the recording Christian had to drop out as another project, with Phonogram, intervened. He had composed much music with his lyricist friend André Baldelli, some of which took operatic form. He suggested that Step Ahead use instead his sister Claudie, who duly re-arranged and played the keyboard parts of what turned outto be a progressive masterpiece, asserting her talent on a Bôsendorfer grand piano as well as numerous synthesisers. Claude-Marius David also appeared on this album, playing flute on one song. However, after an unforescen change of artistic director, Phonogram cancelled the contract for the album from Christian and André Baldelli.

From 1980 to 1985, Christian and his sister (on piano) and Claude-Marius composed and played music for a theatrical company called Lou Pantai. In 1985, Christian formed Vilain Tintin with Alain Faraut, Claude-Marius, Gérald Macia (on bass) and Claudie. The band played rock songs but after eight months of rehearsals split up for good. Christian then became a sound engineer and works for the studio of his friend Jean-Yves Perrut, The two compose musics for radios use. Alain Bergé meanwhile continued his management career, achieving some success with Karoline but then went back to his old job as a decorator for the cinema. Gilbert opened a record store and is now a sales represemative. Claude-Marius joined several African bands before his untimely death in the summer of 1993, Gérald, who had replaced Step Ahead's co-founder, Aldo Gullino as that band's acoustic guitarist stayed in that gig for a while. The band underwent radical change, Claudie, the drummer and the bassist all leaving, and in 1984 Gerald left too, citing "musical differences" as the cause. He now gives guitar lessons. Alain Faraut went on to write lyrics for Vilain Tintin. Georges Ferrero joined a succession bands and now accompanies a singer. Gilles Bertho had set up his own sound agency.

REFORM

The band went through a long hiatus until 2014, when they decided to reform the band and prepare material for the release of a new album, "Circonvolutions", released in 2015 and which among its tracks featured two live recordings - "L'imagerie fantastique" and "Jardin de verre" - from May 1978. In this recording, the line-up included Christian Truchi (piano, keyboards, lead vocals), Alain Faraut (drums, percussion), Georges Ferrero (bass, vocals, guitar), Gilber Àbbenanti (guitar, ebow), Gèrald Macia (guitar, acoustic guitar, violin) and the participation of musician Marius David (tenor and soprano saxophones, flute and percussion). The album is also very good, enjoyable and highly recommended.

Membros

1ª formação

Gilber Àbbenanti - guitarra

Christian Trucchi - teclados, vocais

Claude-Marius David - flauta,

saxofone soprano, percussão

Alain Bergé - baixo

Alain Faraut - bateria,

percussão

2ª formação

Christian Trucchi -

piano, teclados, vocal principal

Alain Faraut - bateria, percussão

Gèrald Macia - guitarra, violão, violino

Georges Ferrero - baixo, vocal, guitarra

Gilber Àbbenanti - guitarra, ebow

Convidado

Marius David - tenor e

soprano saxofones, flauta,

percussão

ALBUMS

En regardant passer le temps (1975)

01. Voyage du non-retour

02. Réincarnation

03. Jeux du siècle

04. Publiphobie

05. L'imagerie fantastique

(1978 live, bonus)

Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!

Cueille le jour (1977)

01. Couleurs:

a) Premiers pas

b) La traversée des sables

c) Dernier village...

premières neiges

d) Rencontre

e) Les portes

du silence

02. Naissance

03. Le miracle de

la Saint-Gaston

04. Laure

05. Tramontane

06. Divertimento

07. Rencontre (except from

"Couleurs" - English

version)

Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!

Circonvolutions (2015)

01. Along the great wall

02. Conte de saxs

03. Tibetan monument

04. Circonvolutions

05. L'imagerie

fantastique

06. Namire

07. Wedding day

08. Jardin de

verre

Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!

Link para o download dos 3 albums: enjoy!

Carpe Diem - En regardant passer le temps - 1975