Pep Laguarda & Tapineria - Brossa d'ahir - 1976 (Progressive Psychedelic Folk Rock {Espanha})

"Brossa d'ahir" é o primeiro álbum

do músico Pep Laguarda, acompanhado

pelo grupo Tapineria. Este álbum, junto com "Humitat relativa" de Remigi Palmero (1979)

e "Cambrers" de Juli Bustamante (1981), faz

parte da chamada "trilogia pop

mediterrânea valenciana",

segundo os críticos.

HISTÓRIA

Em mais de uma ocasião o músico Pep Laguarda, a respeito de sua carreira artística, havia comentado sua singularidade: "Devo ser um dos poucos músicos que conseguiram basear sua carreira profissional ao longo de mais de trinta anos com apenas dois álbuns".

Em 1977, a gravadora Ocre, gravadora da editora Belter, publicou "Brossa d'ahir", obra assinada em conjunto por Pep Laguarda e o grupo Tapineria. A estréia musical recebe todo tipo de elogios da crítica musical, seduzida por aquela mistura de hippie, folk psicodélico, espírito carpe díem e canto hedonista que permeia todas as canções do álbum.

O álbum foi gravado em um ambiente estimulante e festivo na cidade maiorquina Deià, no estúdio Bananamoon Observatory, laboratório musical do músico britânico Daevid Allen, ex-integrante de bandas históricas de rock progressivo como Gong e Soft Machine. A gravação do disco foi feita com o apoio do músico Pau Riba, nome de referência para Laguarda, que admirava a independência do criador musical catalão pelos caminhos do folk e rock.

No final dos anos setenta, a cena musical valenciana foi animada com uma série de propostas em meio à festa libertária que marcou o fim da ditadura. Junto com as propostas de grupos como Al Tall que trabalham na leitura crítica e modernizante da canção popular e do folclore tradicional, surgiu uma série de músicos atiradores que, valendo-se do valenciano, abrem novos caminhos estilísticos que servirão de linhas mestras para as canções de futuras gerações do folk-rock valenciano.

Neste grupo pioneiro, Remigi Palmero, um músico formado em um dos conjuntos históricos do rock valenciano, Els 5 Xics, abriu o caminho, entre outros, com o seu primeiro álbum solo, "Humitat relativa" que, junto com "Brossa d'ahir" de Pep Laguarda & Tapineria e "Cambrers" de Julio Bustamante fechou a trilogia que serviu como carro-chefe do chamado rock mediterrâneo. Apesar da boa resposta da crítica ao seu primeiro álbum, Pep Laguarda teve que esperar para voltar a entrar em um estúdio de gravação. Para o seu próximo trabalho musical, contactou a editora Edigsa, empresa-mãe de Nova Cançó onde publicaram nomes como Raimon, Serrat, La Trinca, etc. O álbum "Plexison impermeable", um álbum que reivindica o ska como um ritmo condutor e emocional, finalmente estava sendo estacionado devido a problemas editoriais e teve que esperar mais de trinta anos para sua publicação.

Sua vontade enciclopédica de gravar a cada ano um álbum de pop, rhythm and blues, soul, cabaret, nunca se concretizou, em troca o rótulo de músico visionário o acompanhou em todas essas décadas.

Fora da música, Pep Laguarda buscou outras carreiras no jornalismo e na televisão regional. E, embora não tenham faltado ligações e ofertas para um retorno ao cenário musical, isso nunca aconteceu. Bastou-lhe continuar guardando nas prateleiras a grande discoteca da música popular do século XX, aqueles sons pioneiros que descobriu na adolescência. “Quando eu era muito jovem, assisti a uma daquelas sessões matinais que aconteciam no Teatro Principal de Valência, onde Bruno Lomas se apresentava com Los Milos e para mim foi como a minha confirmação. Aquilo era rock and roll e gostei”. O músico morreu no dia 3 de agosto de 2018 em sua cidade, Rafelbunyol, uma cidade em L'Horta de València.

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"Brossa d'ahir" is the first album by

musician Pep Laguarda, accompanied by

the group Tapineria. This album, along with

"Humitat relativa" by Remigi Palmero (1979)

and "Cambrers" by Juli Bustamante (1981),

is part of the so-called "Valencian

Mediterranean pop trilogy",

according to critics.

STORY

On more than one occasion, musician Pep Laguarda, regarding his artistic career, had commented on his uniqueness: "I must be one of the few musicians who managed to base their professional career over more than thirty years with just two albums".

In 1977, the label Ocre, the label of the publisher Belter, published "Brossa d'ahir", a work signed jointly by Pep Laguarda and the Tapineria group. The musical debut receives all kinds of praise from music critics, seduced by that mix of hippie, psychedelic folk, carpe diem spirit and hedonistic singing that permeates every song on the album.

The album was recorded in a stimulating and festive atmosphere in the Majorcan city of Deià, at the Bananamoon Observatory studio, the music laboratory of British musician Daevid Allen, a former member of historic progressive rock bands such as Gong and Soft Machine. The recording of the album was made with the support of musician Pau Riba, a reference name for Laguarda, who admired the independence of the Catalan musical creator through the paths of folk and rock.

In the late seventies, the Valencian music scene was animated with a series of proposals amidst the libertarian party that marked the end of the dictatorship. Along with the proposals of groups like Al Tall who work in the critical and modernizing reading of popular song and traditional folklore, a series of shooting musicians emerged who, using Valencian music, open new stylistic paths that will serve as guidelines for the songs of future generations of Valencian folk-rock.

In this pioneering group, Remigi Palmero, a musician formed in one of the historical ensembles of Valencian rock, Els 5 Xics, paved the way, among others, with his first solo album, "Humitat relativa" which, together with "Brossa d'ahir" by Pep Laguarda & Tapineria and "Cambrers" by Julio Bustamante closed the trilogy that served as the flagship of the so-called Mediterranean rock. Despite the good critical response to his first album, Pep Laguarda had to wait to re-enter a recording studio. For his next musical work, he contacted the publisher Edigsa, the parent company of Nova Cançó where they published names like Raimon, Serrat, La Trinca, etc. The album "Plexison impermeable", an album that claims ska as a driving and emotional rhythm, was finally being stalled due to editorial problems and had to wait more than thirty years for its publication.

His encyclopedic desire to record each year an album of pop, rhythm and blues, soul, cabaret, never materialized, in exchange the label of visionary musician has accompanied him throughout all these decades.

Outside of music, Pep Laguarda pursued other careers in journalism and regional television. And while there was no shortage of calls and offers for a return to the music scene, it never happened. All he had to do was keep putting on the shelves the great disco of popular music of the 20th century, those pioneer sounds he discovered in his adolescence. “When I was very young, I attended one of those morning sessions that took place at the Teatro Principal in Valencia, where Bruno Lomas performed with Los Milos and for me it was my confirmation. That was rock and roll and I liked it”. The musician died on August 3, 2018 in his hometown of Rafelbunyol, a town in L'Horta de València.

Membros

Pep Laguarda - vozes,

violão, harmônica, percussão

Joan Marí - guitarra solo, vozes

Vives - flauta doce, harmônica, pratos

Pinet - bongôs marroquinos, vozes

Garri Campanillo (Manolo Garrido) - percussão

Convidados

Daevid Allen - baixo elétrico, produção

Joan Bibiloni - cordas

Saki Guillem - violão,

gaita, alaúde, percussão

Pepe Milan - cordas

Xavier Riba - glockenspiel,

bandolim, violino, vozes

Pau Riba - guitarra elétrica

01. Alceu-vos, Xe,

que ja és de dia/Sent

02. Cims a abismes

03. Caseta del plater

04. Una paüra

05. Milanta anys-llum blues

06. Balada de l'àngel bru

07. Cims i abismes (demo, bonus)

08. Coliri (Deliri de

les multituds) (demo, bonus)

Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!

Pep Laguarda & Tapineria - Brossa d'ahir - 1976 (full album)