HISTÓRIA DO QUARTETO 1111
O grupo foi fundado em 1967 no Estoril, Portugal, desmembrado em 1977, com breves reuniões em 1984, 1987 e 2007
A formação original, composta por Miguel Artur da Silveira (bateria), José Cid (voz e teclados) e os irmãos António Moniz Pereira (guitarra) e Jorge Moniz Pereira (baixo), começou a trabalhar como banda de garagem. Em 1967, eles participam de rádios com o tema "A lenda d'el rei D. Sebastião". Pouco depois eles lançaram seu primeiro EP.
O tempo gasto entre o primeiro EP e o primeiro LP foi gasto na produção de outros EPs e singles, além de participar de um concurso nacional.
O ano 1970 vê o lançamento do álbum de estréia homônimo da banda, uma peça conceitual psicodélico-pop que trata do racismo e da emigração. A máquina de censura da ditadura tem o álbum retirado na mesma semana de seu lançamento. Após este evento, a banda lançou mais singles, desta vez cantados em inglês para melhor evitar a censura.
Depois de um grande sucesso comercial com os singles "Back to the country" e "Ode to The Beatles", é-lhes pedido que apareçam na primeira edição do já famoso festival musical de Vilar de Mouros, juntamente com nomes populares da música tradicional portuguesa. cena, como Amália Rodrigues, mas também da cena internacional, como Elton John e Manfred Mann. Foi nesse encontro com Manfred Mann que Cid conheceu o Moog.
Depois de algumas mudanças no line-up, a banda, ainda sob o olhar da censura, grava seu segundo LP com o popular cantor português Frei Hermano da Câmara. Cid decide deixar o grupo após o álbum, mas se reúne com a banda após a revolução que reinstaurou a democracia em Portugal e marcou o fim dos censores. Com a nova formação de José Cid (voz e teclado), Guilherme Inês (bateria), António Moniz Pereira (guitarra), Mike Sergeant (guitarra) e Tozé Brito (baixo), gravam a magnus opus da Quarteto 1111, o álbum sinfônico de duas peças "Onde, quando, como, porquê cantamos pessoas vivas". Este foi o último LP da banda, quando Cid abandonou o grupo para seguir uma carreira solo muito bem-sucedida, que começou com uma incursão aventureira, mas mal recebida, no rock progressivo.
Em meados dos anos oitenta a banda original se juntou para algumas apresentações e conseguiu lançar um single em 1987, "Memo". O Quarteto 1111 tem uma carreira curta mas variada. Começou tocando um tipo de pop psicodélico na veia de bandas brasileiras como Ronnie Von e Os Mutantes, enquanto seu trabalho posterior está mais próximo do symphonic rock e do caminho que José Cid seguiria com o single "Vida" e o álbum "10000 anos depois entre Vénus e Marte".
JOSÉ CID E O ÁLBUM "10000 ANOS DEPOIS ENTRE VÉNUS E MARTE"
José Cid, nome artístico de José Albano Salter Cid Ferreira Tavares (Chamusca, Chamusca, 4 de fevereiro de 1942), é um cantor, compositor, músico instrumentista e produtor musical português.
Em 1978 ele lança "10.000 anos depois entre Vénus e Marte", um álbum de rock progressivo, uma ópera rock e também um dos poucos álbuns de rock espacial em Portugal, coeditado pela Orfeu e Arnaldo Trindade em 1978. Uma viagem de rock sinfônico cósmica dominada por Mellotron, sintetizadores de cordas e outros, com suporte de guitarras, baixo e bateria.
Reconhecido como uma obra "excelente para qualquer coleção de música progressiva" em Progarchives, um site dedicado a sons progressivos, onde ocupa o quarto lugar nos álbuns progressivos de 1978, o álbum é também uma presença constante na mesma plataforma, considerado um "disco essencial e uma obra prima do rock progressivo".
Com base em ficção científica, o conceito é que 10.000 anos depois da autodestruição da humanidade, um homem e uma mulher viajam de regresso para a Terra para a repovoar novamente. O tom das músicas é de contemplação sobre os erros do passado da humanidade e de esperanças futuras. A maioria das canções é influenciada por bandas como Moody Blues ou Pink Floyd. O álbum foi composto por Cid com a ajuda, em algumas músicas, do guitarrista Mike Sergeant e do baterista Ramon Galarza.
Deste álbum, eu faço questão de destacar as faixas "Fuga para o espaço", "10.000 anos depois entre Vénus e Marte" e "A partir do zero". Altamente recomendado
Based on science fiction, the concept is that 10,000 years after the self-destruction of mankind, a man and a woman travel back to Earth to repopulate again. The tone of the songs is of contemplation on the mistakes of the past of humanity and of future hopes. Most of the songs are influenced by bands like Moody Blues or Pink Floyd. The album was composed by Cid with the help, in some songs, of the guitarist Mike Sergeant and the drummer Ramon Galarza.
From this album, I make a point of highlighting the tracks "Fuga para o espaço", "10.000 anos depois entre Vénus e Marte" and "A partir do zero". Highly recommended!
Depois de algumas mudanças no line-up, a banda, ainda sob o olhar da censura, grava seu segundo LP com o popular cantor português Frei Hermano da Câmara. Cid decide deixar o grupo após o álbum, mas se reúne com a banda após a revolução que reinstaurou a democracia em Portugal e marcou o fim dos censores. Com a nova formação de José Cid (voz e teclado), Guilherme Inês (bateria), António Moniz Pereira (guitarra), Mike Sergeant (guitarra) e Tozé Brito (baixo), gravam a magnus opus da Quarteto 1111, o álbum sinfônico de duas peças "Onde, quando, como, porquê cantamos pessoas vivas". Este foi o último LP da banda, quando Cid abandonou o grupo para seguir uma carreira solo muito bem-sucedida, que começou com uma incursão aventureira, mas mal recebida, no rock progressivo.
Em meados dos anos oitenta a banda original se juntou para algumas apresentações e conseguiu lançar um single em 1987, "Memo". O Quarteto 1111 tem uma carreira curta mas variada. Começou tocando um tipo de pop psicodélico na veia de bandas brasileiras como Ronnie Von e Os Mutantes, enquanto seu trabalho posterior está mais próximo do symphonic rock e do caminho que José Cid seguiria com o single "Vida" e o álbum "10000 anos depois entre Vénus e Marte".
JOSÉ CID E O ÁLBUM "10000 ANOS DEPOIS ENTRE VÉNUS E MARTE"
José Cid, nome artístico de José Albano Salter Cid Ferreira Tavares (Chamusca, Chamusca, 4 de fevereiro de 1942), é um cantor, compositor, músico instrumentista e produtor musical português.
Em 1978 ele lança "10.000 anos depois entre Vénus e Marte", um álbum de rock progressivo, uma ópera rock e também um dos poucos álbuns de rock espacial em Portugal, coeditado pela Orfeu e Arnaldo Trindade em 1978. Uma viagem de rock sinfônico cósmica dominada por Mellotron, sintetizadores de cordas e outros, com suporte de guitarras, baixo e bateria.
Reconhecido como uma obra "excelente para qualquer coleção de música progressiva" em Progarchives, um site dedicado a sons progressivos, onde ocupa o quarto lugar nos álbuns progressivos de 1978, o álbum é também uma presença constante na mesma plataforma, considerado um "disco essencial e uma obra prima do rock progressivo".
Com base em ficção científica, o conceito é que 10.000 anos depois da autodestruição da humanidade, um homem e uma mulher viajam de regresso para a Terra para a repovoar novamente. O tom das músicas é de contemplação sobre os erros do passado da humanidade e de esperanças futuras. A maioria das canções é influenciada por bandas como Moody Blues ou Pink Floyd. O álbum foi composto por Cid com a ajuda, em algumas músicas, do guitarrista Mike Sergeant e do baterista Ramon Galarza.
Deste álbum, eu faço questão de destacar as faixas "Fuga para o espaço", "10.000 anos depois entre Vénus e Marte" e "A partir do zero". Altamente recomendado
⭐⭐⭐⭐⭐
HISTORY OF QUARTETO 1111
The group was founded in 1967 in Estoril, Portugal, disbanded in 1977, with been brief reunions in 1984, 1987 and 2007
The original formation, made up by Miguel Artur da Silveira (drums), José Cid(vocals and keyboards) and brothers António Moniz Pereira (guitar) and Jorge Moniz Pereira (bass guitar), began work as a garage-band. In 1967 they get radio airplay with the theme "A lenda d'el rei D. Sebastião". Shortly after they launched their first EP.
The time spent between their first EP and their first LP was spent producing other EP's and singles, as well as taking part in a national song contest.
The year 1970 sees the launch of the band's homonymous debut album, a psychedelic-pop conceptual piece dealing with racism and emigration. The dictatorship's censoring machine has the album withdrawn the very same week of its launch. After this event, the band lauched further singles, this time sung in English as to better evade censorship.
The group was founded in 1967 in Estoril, Portugal, disbanded in 1977, with been brief reunions in 1984, 1987 and 2007
The original formation, made up by Miguel Artur da Silveira (drums), José Cid(vocals and keyboards) and brothers António Moniz Pereira (guitar) and Jorge Moniz Pereira (bass guitar), began work as a garage-band. In 1967 they get radio airplay with the theme "A lenda d'el rei D. Sebastião". Shortly after they launched their first EP.
The time spent between their first EP and their first LP was spent producing other EP's and singles, as well as taking part in a national song contest.
The year 1970 sees the launch of the band's homonymous debut album, a psychedelic-pop conceptual piece dealing with racism and emigration. The dictatorship's censoring machine has the album withdrawn the very same week of its launch. After this event, the band lauched further singles, this time sung in English as to better evade censorship.
After a great commercial success with the singles "Back to the country" and "Ode to The Beatles", they are asked to appear on the first edition of the now famous Vilar de Mouros music festival, along with popular names from the Portuguese traditional music scene, such as Amália Rodrigues, but from the international scene as well, such as Elton John and Manfred Mann. It was in this encounter with Manfred Mann that Cid first got to know the Moog.
After a few changes in line-up, the band, still under the eye of the censorship, records it's second LP with a popular Portuguese singer, Frei Hermano da Câmara. Cid decides to leave the group after the album, but reunites with the band after the revolution that reinstated democracy in Portugal and marked the end of the censors. With the new line-up of José Cid (vocals and keyboards), Guilherme Inês (drums), António Moniz Pereira (guitar), Mike Sergeant (guitar) and Tozé Brito (bass guitar), they record Quarteto 1111's magnus opus, the two-piece symphonic album "Onde, quando, como, porquê cantamos pessoas vivas". This was to become the last LP by the band, as Cid abandoned the group to pursue a very successful solo career that began with an adventurous but ill-received incursion further into progressive rock.
In mid eighties the original band got together for a few performances and managed to put out one final single in 1987, "Memo". Quarteto 1111 have a short but varied career. The began by playing a kind of psychedelic pop in the vein of Brazilian acts like Ronnie Von and Os Mutantes, while their later work is closer to symphonic rock and the path José Cid would follow with the single "Vida" and the album "10000 anos depois entre Vénus e Marte".
JOSÉ CID AND THE ALBUM "10000 YEARS LATER BETWEEN VENUS AND MARS"
José Cid, artistic name of José Albano Salter Cid Ferreira Tavares (Chamusca, Chamusca, February 4, 1942), is a Portuguese singer, composer, musician and instrumentalist.
In 1978 he released "10,000 years later between Venus and Mars", a progressive rock album, a rock opera and also one of the few space rock albums in Portugal, co-edited by Orfeu and Arnaldo Trindade in 1978. A cosmic symphonic rock journey dominated by Mellotron, string synthesizers and others, with support of guitars, bass and drums.
Recognized as an "excellent work for any progressive music collection" on Progarchives, a site dedicated to progressive sounds, where it ranks fourth in the progressive albums of 1978, the album is also a constant presence on the same platform, considered a "essential disc and a masterpiece of progressive rock".
After a few changes in line-up, the band, still under the eye of the censorship, records it's second LP with a popular Portuguese singer, Frei Hermano da Câmara. Cid decides to leave the group after the album, but reunites with the band after the revolution that reinstated democracy in Portugal and marked the end of the censors. With the new line-up of José Cid (vocals and keyboards), Guilherme Inês (drums), António Moniz Pereira (guitar), Mike Sergeant (guitar) and Tozé Brito (bass guitar), they record Quarteto 1111's magnus opus, the two-piece symphonic album "Onde, quando, como, porquê cantamos pessoas vivas". This was to become the last LP by the band, as Cid abandoned the group to pursue a very successful solo career that began with an adventurous but ill-received incursion further into progressive rock.
In mid eighties the original band got together for a few performances and managed to put out one final single in 1987, "Memo". Quarteto 1111 have a short but varied career. The began by playing a kind of psychedelic pop in the vein of Brazilian acts like Ronnie Von and Os Mutantes, while their later work is closer to symphonic rock and the path José Cid would follow with the single "Vida" and the album "10000 anos depois entre Vénus e Marte".
JOSÉ CID AND THE ALBUM "10000 YEARS LATER BETWEEN VENUS AND MARS"
José Cid, artistic name of José Albano Salter Cid Ferreira Tavares (Chamusca, Chamusca, February 4, 1942), is a Portuguese singer, composer, musician and instrumentalist.
In 1978 he released "10,000 years later between Venus and Mars", a progressive rock album, a rock opera and also one of the few space rock albums in Portugal, co-edited by Orfeu and Arnaldo Trindade in 1978. A cosmic symphonic rock journey dominated by Mellotron, string synthesizers and others, with support of guitars, bass and drums.
Recognized as an "excellent work for any progressive music collection" on Progarchives, a site dedicated to progressive sounds, where it ranks fourth in the progressive albums of 1978, the album is also a constant presence on the same platform, considered a "essential disc and a masterpiece of progressive rock".
Based on science fiction, the concept is that 10,000 years after the self-destruction of mankind, a man and a woman travel back to Earth to repopulate again. The tone of the songs is of contemplation on the mistakes of the past of humanity and of future hopes. Most of the songs are influenced by bands like Moody Blues or Pink Floyd. The album was composed by Cid with the help, in some songs, of the guitarist Mike Sergeant and the drummer Ramon Galarza.
From this album, I make a point of highlighting the tracks "Fuga para o espaço", "10.000 anos depois entre Vénus e Marte" and "A partir do zero". Highly recommended!
Membros
Quarteto 1111
1ª formação
José Cid - vocal, piano, órgão, cravo, flauta
António Moniz Pereira - guitarra de ritmo,
de 12 cordas, baixo, vocal
Mário Rui Terra - baixo, vocal
Miguel Artur da Silveira - bateria,
percussão
2ª formação
José Cid - teclados, Mellotron
Mike Sergeant - baixo, violão
António Moniz Pereira - guitarras
Miguel Artur da Silveira - bateria,
percussão
Convidados
Frei Hermano
da Câmara - vocal
Escola Claustral de
Singeverga - coro
3ª formação
Tozé Brito - vocal, baixo
José Cid - vocal, teclados, produtor
António Moniz Pereira - guitarras
Mike Sergeant - baixo, violão
Guilherme Inês - bateria
José Cid
"10000 anos..." album
José Cid - piano, sintetizadores,
Moog, Mellotron, Solina synth,
vocal, arranjos, produtor
Convidados
Mike Sargeant - guitarra
elétrica, guitarra de 12 cordas
Zé Nabo - baixo, guitarra
elétrica, guitarra de 12 cordas
Ramon Galarza - bateria, percussão
Guilherme Inês - bateria
José Carrapa - guitarra
ALBUMS
QUARTETO 1111
Quarteto 1111 (1970)
01. Prólogo
02. João Nada
03. Domingo
em Bidonville
04. Uma estrada
para a minha aldeia
05. A fuga dos grilos
06. As trovas do
vento que passa
07. Pigmentação
08. Maria Negra
09. Lenda de
Nambuangongo
10. Escravatura
11. Epílogo
Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!
Onde, quando, como, porquê,
cantamos pessoas vivas (1974)
01. Parte 1
02. Parte 2
Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!
JOSÉ CID
10.000 anos depois
entre Vénus e Marte (1978)
01. O último
dia na Terra
02. O caos
03. Fuga
para o espaço
04. Mellotron, o
planeta fantástico
05. 10.000 anos depois
entre Vénus e Marte
06. A partir do zero
07. Memos
08. Vida (Sons
do quotidiano)
[bonus]
