Los Jaivas (Progressive Folk/Andean Rock {Chile})

Los Jaivas é uma banda de rock chilena, conhecida pela combinação de rock psicodélico e rock progressivo com instrumentos e ritmos folclóricos latino-americanos, principalmente andinos. A banda foi formada em Viña del Mar, Região de Valparaíso, Chile, em 1963 e ainda continua ativa. Los Jaivas sempre foi considerada a banda mais importante e influente do Chile e uma das mais importantes da América do Sul.

Los Jaivas recebeu vários prêmios: o Prêmio Figura Tradicional Chilena, o Prêmio Nacional de Cultura (1963), o Prêmio Nacional de Música (2004), o Prêmio Mérito Artístico e Cultural Pablo Neruda do Ministério da Cultura e o Prêmio Presidente da República (2003), na categoria Música Popular.

Em mais de meio século de atividade musical ininterrupta, Los Jaivas tem se caracterizado pela exploração e fusão de diferentes estilos, desde a música tropical de seus primórdios, passando pelo rock progressivo, passando pela improvisação no estilo avant-garde e pelo jazz, rock clássico, música andina e fusão latino-americana.

Ao longo de sua carreira, além de compor, arranjar e interpretar um grande número de canções próprias, a banda musicou obras do Prêmio Nobel Pablo Neruda e arranjaram e interpretaram composições de criadores como Violeta Parra e Osvaldo Rodríguez.

HISTÓRIA

ORIGENS (1963-1971)

As origens da Los Jaivas podem ser encontradas no núcleo familiar formado pelos irmãos Eduardo, Claudio e Gabriel Parra, de Viña del Mar. Junto com seus amigos e colegas de classe na Escola Secundária Guillermo Rivera Cotapos, localizada a leste da Calle Montaña (uma alguns passos de la Quinta Vergara), Eduardo "Gato" Alquinta e Mario Mutis, começaram a descobrir a música como forma de expressar a sua criatividade e permanente inquietação.

Foi assim que em 15 de agosto de 1963, sob o nome de The High & Bass, que aludia às diferenças de altura entre os irmãos Parra, Gato e Mario, fizeram sua primeira apresentação no Teatro Municipal da cidade, interpretando, entre outros, a música "Sueña", de Luis Dimas. A apresentação é desastrosa e o público desaprova veementemente. Nos seis anos seguintes, e com sua formação estável (Eduardo nos teclados, Claudio na sanfona e piano, Gabriel na bateria, Gato na guitarra e Mário no baixo) a banda desenvolve sua proposta musical em festas e confraternizações em Viña Marina, apresentando principalmente música tropical, cha cha cha, bossa nova e boleros, com bons resultados.

Após esses anos de experimentação e aprendizado, o grupo questiona fortemente seu trabalho e, influenciados pela reforma universitária e pelos ideais norte-americanos, decidem modificar seu estilo musical, passando de meros intérpretes a criadores e abrindo caminho para a improvisação musical plena e a vanguarda.

Entre 1970 e 1971, e com o nome já espanholizado para Los Jaivas, os shows do grupo se transformam em improvisações absolutas, sem roteiros ou esquemas preparados, e com cada instrumento musical gerando suas próprias atmosferas, mesmo com a ajuda do público. A improvisação leva-os a valorizar as raízes musicais latino-americanas e a explorar as sonoridades de instrumentos ancestrais, o que lhes permite combinar estilos aparentemente inconciliáveis, mas que a Los Jaivas decide captar na sua posterior criação musical.

Vários concertos deste período - incluindo os realizados no Festival de Música de Vanguardia de Viña del Mar (janeiro de 1970), na Sala de la Reforma de la Facultad de Ciencias y Artes Musicales da Universidade do Chile (maio de 1970), no Cine Arte de Viña del Mar (junho de 1970) e o Parque del Instituto Cultural de Las Condes (maio de 1970), além da trilha sonora preparada para um filme que nunca foi feito ("¿Qué hacer?" de Raúl Ruiz, trilha sonora gravada em outubro de 1970) - estão incorporados na coleção de cinco discos intitulada "La vorágine", que documenta o período conhecido como "pré-história da Los Jaivas".

Além disso, nessa época, o grupo participa do mítico Festival de Piedra Roja e faz sua primeira gravação oficial, homônima, conhecida como "El volantín", devido à sua capa característica. O álbum, lançado em 1971, contém improvisações nos moldes da vanguarda explorada anteriormente, mas também inclui os primeiros esboços de composição, especialmente em canções como "Foto de primera comunión" e "Que o la tumba serás".

TODOS JUNTOS (1972-1973)

Em abril de 1972, a banda lançou o single "Todos juntos", que os catapultou para a fama em todo o Chile. A banda não participa dos agitados discursos políticos da época. O tema, originalmente pensado como lado B, ganha alta rotação nas rádios e repercussão no mercado fonográfico pela fusão que consegue entre as letras que clamam pela união e paz entre os seres humanos e o uso combinado de ritmos latino-americanos com instrumentos tradicionais de rock. A fama da banda aumentou em setembro de 1972, com o lançamento de "Mira niñita/Cuero y piel", segundo single da banda, cujo lado A também se tornou um clássico da música popular chilena.

Com o lançamento de seu segundo álbum autointitulado no início de 1973 (conhecido, pela capa, como "La ventana" e reeditado sob o título de "Todos juntos" em vários países da América Latina), que incorpora os dois A-sides dos singles de 1972, além de um lado cheio de canções totalmente improvisadas, o sucesso do grupo é ainda maior, numa época marcada pelo idealismo hippie. Los Jaivas é vista no Chile como um símbolo da época, e seu prestígio e popularidade aumentaram graças à participação em inúmeros concertos, incluindo o recital "Los caminos que se abren" em fevereiro de 1973 e outro em agosto do mesmo ano, em Viña del Mar, em que apresentam as suas primeiras abordagens à música sinfônica.

Em 1973, o realizador Raúl Ruiz convidou-os a ser a banda criadora da trilha sonora de outro dos seus filmes, "Palomita blanca", que só veria a luz do dia 19 anos depois.

NA ARGENTINA (1973-1977)

O golpe liderado por Augusto Pinochet em 11 de setembro de 1973 faz com que o grupo decidisse se mudar para uma comunidade na cidade de Zárate, na Argentina. Já consolidados neste país, e em aliança com o músico brasileiro Manduka, gravaram em 1974 uma série de canções nos estúdios Odeón (Buenos Aires), que em 1979 seriam lançadas na Espanha pelo selo Movieplay, dentro do álbum "Los sueños de América", álbum que contém composições formais e improvisações que surgem espontaneamente entre os músicos.

Em setembro de 1974, Mario Mutis teve que retornar ao Chile por motivos pessoais. Esteve ausente, em primeira instância, até novembro do mesmo ano, quando foi brevemente substituído por Freddy Anrique, músico que já havia auxiliado a banda nas gravações de "Palomita blanca", no ano anterior. Mario retorna à banda no final de novembro daquele ano. Porém, em maio de 1975, e após um breve retorno da Los Jaivas ao Chile, Mario Mutis permaneceu no país, sendo substituído no baixo por Julio Anderson, que estreou no final daquele mês. Com este baixista, o grupo grava mais um álbum autointitulado - "Los Jaivas" -, também conhecido como "El indio", lançado em dezembro. É este álbum que acaba por definir a identidade musical da Los Jaivas, no que diz respeito à fusão de sonoridades tradicionais latino-americanas, aquelas vindas do rock progressivo, como guitarra elétrica, órgão e bateria, e ainda elementos da música clássica, proporcionados pelo som característico do piano executado por Claudio Parra.

Com a saída de Anderson em novembro de 1975, Pájaro Canzani entrou na banda no baixo, guitarra e backing vocal, e Alberto Ledo no charango, outros instrumentos de cordas, percussão e backing vocal. Com esta formação, que permite enriquecer a sonoridade do grupo em vozes e arranjos, lançam o single "Mambo de Machaguay (primera versión)/En tus horas", em 1976, e o álbum "Canción del sur", em 1977. O álbum incorpora pela primeira vez o minimoog interpretado por Eduardo Parra, na faixa homônima do álbum.

Eles percorrem todo o país, desde o interior até a Patagônia. Os passeios cobrem a costa leste do continente, Uruguai, Paraguai e Brasil. Tornam-se regulares suas aparições na televisão e realizam vários concertos sinfônicos, uma experiência inédita na Argentina, junto com a Orquestra Sinfônica Municipal de Mar del Plata e a Orquestra Sinfônica de Buenos Aires. Uma dessas apresentações é a despedida do grupo da América, que já olhava para a Europa como sua próxima etapa, principalmente considerando a difícil situação política da Argentina, que chegou a levar à prisão temporária de Eduardo Parra.

COMUNIDADE NA EUROPA (1977-1981)

No final de 1977, um navio transportou a Los Jaivas para a Europa, que se instalou em uma mansão parisiense do século XVIII para continuar sua vida em comunidade.

Assim que os músicos chegaram, iniciaram uma série de recitais em teatros como Le Palace, Athénee e Cité Universitaire, em Paris. Na Holanda, eles se apresentam em vários clubes e parques ao ar livre, como o Vondel Park, em um grande festival de música popular.

Em meados de 1978, um ano após a sua chegada à Europa, apresentam-se no famoso Teatro Olympia de Paris, como consequência do seu trabalho até então, viajando pela Bélgica, Alemanha, Espanha e Itália. Este ano também é lançado o único single do grupo encomendado por um produtor externo: "Bebida mágica"/"Sueño del Inca".

Em 1979, eles fizeram sua primeira turnê na Inglaterra. Eles realizam uma temporada no Shaftesbury Theatre, no meio do Piccadilly Circus. Londres os recebe com entusiasmo incomum e excelentes críticas. A imprensa especializada aponta Gabriel Parra como um dos três melhores bateristas do mundo. Nesse mesmo ano, Mario Mutis volta à banda e Pájaro Canzani sai para seguir carreira solo.

1980 encontra Los Jaivas em excursão pela Espanha, pelas províncias de Palma de Maiorca, Andaluzia, Madrid e dois concertos no Teatro Romea de Barcelona, ​​além de uma atuação em Salamanca no meio do deserto. Pouco tempo depois, Alberto Ledo deixa a banda.

Em novembro deste mesmo ano, com sua formação original, e a convite da Radio France, o grupo concebeu e preparou sua própria interpretação e arranjos de canções da cantora e compositora chilena Violeta Parra, que seriam lançadas em disco em 1984 com o nome de "Obras de Violeta Parra", uma de suas obras mais elogiadas.

O MUNDO (1981-1988)

A idéia de musicalizar e interpretar poemas do "Canto general" de Pablo Neruda, surgido em 1981, inspirou Los Jaivas a gravar seu álbum mais famoso e transcendente, "Alturas de Machu Picchu", e permitiu que voltassem à América Latina para gravar as cenas correspondentes ao especial de televisão que acompanharia o álbum, apresentado pelo escritor peruano e Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa. O álbum traz canções tão importantes como "Amor americano", "La poderosa muerte" e "Sube a nacer conmigo hermano", que, por meio de suas complexas estruturas musicais, conseguem interpretar plenamente a poesia torrencial de Neruda. "Alturas de Machu Picchu" continua sendo um dos álbuns chilenos mais vendidos da história, e o documentário, filmado em colaboração entre o Canal 13 do Chile e o Canal 7 do Peru, consegue uma fusão dos poemas, da paisagem, do espírito misterioso e da lenda de uma desaparecida civilização, com efeitos de iluminação natural, de forma que as imagens obtidas ajudam a entregar uma obra total de grande magnitude cultural, como poucas foram feitas na América Latina.

A turnê de 1981 os levou a Argentina, Chile, Peru e Uruguai, e em 1982 voltaram à Europa para apresentar "Alturas de Machu Picchu" na Alemanha, Espanha, Holanda e França, e gravar um novo álbum, "Aconcagua", que seria lançado no Chile no ano seguinte. A versão chilena do álbum contém uma nova versão de "Mambo de Machaguay", que se torna um sucesso imediato nas rádios: as edições dos demais países incorporam uma regravação do já clássico "Todos juntos".

A banda volta ao Chile em outubro de 1982 e se despede do país em fevereiro de 1983 com um grande show na Quinta Vergara em Viña del Mar, para mais de vinte mil pessoas. Em seguida, tocam durante três dias no estádio Obras Sanitarias, na Argentina, shows que estão registrados no álbum "Los Jaivas en Argentina", lançado no mesmo ano. Mais tarde, eles continuam com uma extensa turnê que os leva ao Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, México, Brasil, Holanda e depois às então repúblicas da União Soviética: Rússia, Lituânia, Cazaquistão e Quirguistão. Dessas apresentações é gravado o álbum ao vivo "Los Jaivas in Moscow", que é lançado em todos os territórios soviéticos.

Depois disso, Los Jaivas retorna ao Chile em uma viagem relâmpago para gravar um especial de televisão na Antártida chilena, e então embarcam em uma nova turnê que os leva pela França, Suíça, Bélgica, Holanda, Alemanha e Finlândia. Esta turnê foi interrompida pelo convite de Buenos Aires para representar o Chile no Encuentro de Fraternidad Chileno-Argentino diante de mais de 80.000 pessoas, entre chilenos e argentinos, devido ao acordo final entre os dois países sobre a questão fronteiriça, que estava em prestes a desencadear uma guerra fratricida.

Em julho e agosto de 1984 voltam a Paris para gravar "Obras de Violeta Parra", que finalmente foi lançado como um álbum duplo, com a participação de Isabel Parra e Patricio Castillo.

No ano seguinte, Mario Mutis deixou a banda novamente e foi substituído por Pájaro Canzani. Com essa formação, fizeram sua primeira turnê pelos Estados Unidos e Canadá, apresentando-se no famoso e exclusivo Carnegie Hall de Nova York (juntamente com a mítica banda RataJuana): além de Washington e Springfield. Em 1985 o grupo decidiu encerrar sua estada em Paris.

1986 e 1987 passam rapidamente com atividade ininterrupta. Os shows seguem um ao outro. Além do habitual circuito de França, Alemanha, Holanda, Espanha e Itália, continuam pela Suíça, Suécia, Áustria e países nórdicos. Eles realizam um concerto na Piazza San Marco, durante o famoso Carnaval de Veneza.

SI TÚ NO ESTÁS E A MORTE DE GABRIEL PARRA (1988-1995)

Em 1988 Los Jaivas, com o reforço do charanguista e baixista Fernando Flores, voltou à América Latina em nova turnê. O show de despedida do Chile, no estádio Santa Laura, seria também a despedida de Gabriel Parra, baterista da banda, que morreu em um acidente de carro em uma estrada ao sul de Lima.

A despedida é realizada em Viña del Mar, cidade natal de quase todo o grupo. Mais de 100.000 pessoas compareceram ao seu funeral, incluindo uma banda de honra formada por bateristas de vários grupos chilenos. Condolências são recebidas de todo o mundo e, após algumas semanas, é lançado o álbum "Los Jaivas en vivo: Gira 1988", que é uma homenagem ao baterista desde sua capa.

Em agosto do mesmo ano, o resto do grupo decidiu seguir em frente, e se reuniram em Paris para finalizar, com a ajuda dos baixistas Pájaro Canzani e Mario Mutis e do baterista Marcelo Muñoz, sobrinho de Gato Alquinta, o álbum "Si tú no estás", que começou um ano antes com Gabriel. O álbum, editado em 1989, acaba por ser o mais intimista do grupo, e nele é explorado sonoridades provenientes de instrumentos eletrônicos e programáveis. O álbum é apresentado com um grande show no estádio Santa Laura chamado "Los caminos que se abre II", no qual se apresentam com Marcelo Muñoz na bateria, Pájaro Canzani no baixo e Luis Núñez no charango, como músico convidado.

Na turnê que acontece na América Latina durante o verão de 1991, a jovem Juanita Parra, filha de Gabriel, participou do grupo interpretando a música "Corre que te pillo". Apesar da juventude, ela mostra condições excepcionais na bateria, que emocionam o público, que vê nela uma continuação natural do papel do pai. Ao retornar à Europa, ela ingressou oficialmente no grupo como baterista, mas teve que passar por uma fase de preparação e estudo que duraria cinco anos.

Algumas turnês européias são realizadas em Toulouse, Paris, Berlim, Munique, Bruxelas, Antuérpia e Oslo, que permitem filmagens com a  nova baterista. Em 1992, além disso, o grupo publicou a trilha sonora do filme adiado "Palomita blanca", que haviam gravado durante 1973.

Esta etapa entre 1990 e 1995 é o germe do álbum "Hijos de la Tierra", que significa o reencontro da Los Jaivas com suas raízes e com seu público, a consagração de Juanita como herdeira da bateria do grupo e os primeiros lugares de popularidade durante várias semanas.

A REUNIÃO (1995-1999)

O grupo voltou a se instalar no Chile e gravou novamente seu clássico "Todos juntos", com a ajuda de vários músicos nacionais. Esta versão, que é usada como hino oficial da VI Cúpula Ibero-Americana de Presidentes em 1996, gera a gravação do álbum "Trilogía: El reencuentro", que contém novas versões de canções anteriores da banda, gravadas com a colaboração de vários artistas chilenos e latino-americanos, incluindo León Gieco, Pájaro Canzani, Los Tres, Eduardo Gatti, Illapu, Javiera Parra e Congreso. Este álbum também significa o retorno definitivo de Mario Mutis à banda, no baixo.

Uma grande atividade virá nos anos seguintes, durante o reencontro com o Chile. Participam do álbum coletivo "Tributo a Víctor Jara" (1998) e também gravam, a pedido, canções como "Todos americanos", hino da II Cúpula das Américas, e "Por los niños del mundo", encomendada pelo Unicef ​​por ocasião da assinatura da Convenção sobre os Direitos da Criança. Além disso, juntamente com Illapu e Los Tres, realizam o massivo recital "Hecho en Chile", que reúne mais de 60.000 pessoas no Estádio Nacional.

O trabalho seguinte, "Mamalluca" (1999), reflete a interação do grupo com uma orquestra sinfônica completa, por meio da ambientação de um conjunto de poemas que o tecladista do grupo, Eduardo Parra, compôs inspirado no Vale do Elqui, durante uma das turnês que a banda se apresentou pelas cidades do interior do Chile.

PARADA NAS GRAVAÇÕES E MORTE DE GATO (1999-2013)

Entre 2000 e 2002, a banda lançou a compilação de cuecas "En el Bar-Restaurant 'lo que nunca se supo'" e o álbum "Arrebol", que reúne novas composições com todas as músicas gravadas durante a fase de reencontro com o Chile: estes lançamentos marcam também a entrada de Carlos Cabezas na banda, tocando charango, sopros, percussão e coros. "Arrebol" também seria o último álbum de originais lançado até então por Los Jaivas. Cuecas é uma dança popular e tradicional de vários países da zona andina, de ritmo vivo, que se dança a pares: as figuras que se dançam simbolizam as diferentes etapas de um idílio em que os bailarinos se procuram, se aproximam e se esquivam, repetindo essas formas em rodadas ágeis. É a dança nacional do Chile. Cuecas também é conhecida como uma composição musical que acompanha esta dança, escrita em compassos de seis por oito, e que geralmente tem letra.

Nessa data também foi lançada a coletânea dupla "Obras cumbres", sucesso de vendas em todo o país. Em 2002, Los Jaivas apresentou-se no Festival da Canção de Viña del Mar, no domingo, 24 de fevereiro. Em 7 de dezembro de 2002, realiza um show junto com o cantor argentino Fito Páez. Ambos os eventos foram transmitidos nas telas do Canal 13.

Em janeiro de 2003, a tragédia os tocou de novo. Eduardo "Gato" Alquinta, vocalista do grupo, morre inesperadamente em uma praia de Coquimbo, no norte do Chile. Sua despedida é massiva, mais de 400 mil pessoas esperam até cinco horas para se despedir.

Novamente, o grupo decide continuar apesar de tudo, incorporando três filhos de Gato, Ankatu (violão), Eloy (flauta, sax e instrumentos de sopro) e Aurora (voz), para substituí-lo. Com esta formação, o grupo faz uma digressão nacional com o título de "Gato presente". Aurora sai do grupo e a voz fica a cargo de Mário e Carlos. Com esta formação, o grupo continua seu trabalho e suas turnês pelo país durante o ano de 2003, ano em que recebe o Prêmio Nacional da Música, Presidente da República e a Medalha Pablo Neruda.

Inesperadamente e apenas um ano após a morte de seu pai, Eloy sofreu um ataque cardíaco e morreu aos 32 anos, ao retornar de uma viagem à Argentina, sendo substituído por seu colega de banda Francisco Bosco.

Durante 2004, a banda relançou seu clássico álbum "Alturas de Machu Picchu", por ocasião do centenário do nascimento do poeta Pablo Neruda, acompanhado de uma edição de luxo em DVD do especial de televisão gravado em 1981, na histórica Machu Picchu (Peru), um trabalho conjunto entre a televisão nacional do Peru e do Chile, e uma turnê pelo país apresentando esta obra completa, que é um sucesso de público.

Em 2005, foi lançada a coletânea "Canción de amor", que reúne temas românticos lançados ao longo da discografia da banda.

Entre várias outras atividades, em 2006 o grupo realizou um concerto histórico na Ilha de Páscoa, junto com a Orquestra da Marinha do Chile, e no marco das comemorações do mês do mar. Em 20 de setembro de 2006, o Canal 13 transmitiu o especial de televisão "Los Jaivas en Rapa Nui: Ojos que miran el universo", que inclui fragmentos do recital, além de entrevistas com o grupo e com os habitantes da Ilha. O DVD que inclui o evento foi finalmente lançado no mercado em novembro de 2007 com o título "Los Jaivas en Rapa Nui".

Em 27 de setembro, é lançado o álbum "Homenaje a Los Jaivas", de vários músicos chilenos (entre eles, Álvaro Henríquez, Los Bunkers, Javiera y Los Imposibles, Difuntos Correa e Chancho en Piedra). Apesar de não fazerem parte do álbum oficial, Fahrenheit prestou sua própria homenagem a Los Jaivas na segunda edição de seu álbum "Nuevos tiempos", com uma versão de "Todos juntos".

2007 começa como um ano de grande actividade em termos de apresentações. Eles começam em 6 de janeiro, quando se apresentam no Estádio Nacional do Chile no cume do rock chileno, um momento histórico em que se conheceram proeminentes artistas chilenos, incluindo Los Tres, Saiko, Difuntos Correa, Los Bunkers, Javiera y Los Imposibles, Chancho en Piedra, Jorge González, Fahrenheit e outros. No mesmo mês, voltaram a se apresentar no Festival del Huaso de Olmué, instância em que apresentaram trechos de seu show "Los Jaivas en Rapa Nui", e na qual foram eleitos os artistas mais populares do concurso.

Continuam a sua participação em grandes eventos com músicos das novas gerações. Santiago Rock se destaca em 2008, no qual fazem até versões de músicas junto com o grupo Los Tres: uma nova apresentação no Festival del Huaso de Olmué, em 2009 e, sem dúvida, o Chilen Rock Summit II, em que o tempo foi curto para sua apresentação, e que terminou com uma versão do clássico "Todos juntos" com uma boa parte dos artistas que participaram durante o evento, perante a massiva platéia daquele dia no Clube Hípico de Santiago.

Durante o ano de 2009, Eduardo Parra, um dos fundadores do grupo, anuncia sua saída dos palcos, em decorrência do agravamento da poliomielite que sofria desde criança. A banda já se apresentava sem a sua presença desde 2007, com Francisco Bosco a substituir as suas partes instrumentais em saxofone e sintetizador. A esse respeito, outro fundador, Mario Mutis, indicou que esta nova mudança na composição da banda não afetará sua continuidade: "Assumimos isso de acordo, pensando que a música deve continuar. Adaptar-se às mudanças tem sido a chave de nossa vida em grupo", embora no âmbito do Fórum Universal das Culturas de Valparaíso 2010, onde o grupo realizou um concerto centrado principalmente no álbum "Alturas de Machu Picchu", Eduardo foi o orador da abertura e também se juntou à banda para levar seu lugar em algumas das questões. O grupo se apresentou junto com Eduardo no âmbito das comemorações do Bicentenário da República do Chile e no Teleton 2010, ambos eventos realizados no Estádio Nacional.

A banda foi um dos artistas convidados para o Festival de Viña 2010, no entanto a sua actuação não se concretizou, uma vez que o dia em que iam actuar (27 de fevereiro) foi suspenso devido ao terramoto ocorrido na madrugada desse dia, devido ao que a organização do Festival decidiu em novembro de 2010 convidar Los Jaivas para a versão do ano seguinte, coincidindo com a celebração do 40º aniversário do lançamento de seu primeiro disco. São apresentados na noite de 25 de fevereiro e o público presente na Quinta Vergara os recompensa com os prêmios mais altos do concurso Viñamarino.

Em 22 de março de 2011, Los Jaivas fez uma apresentação em homenagem ao Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, no pátio de Los Cañones do Palácio de La Moneda.

Em janeiro de 2013, Ankatu Alquinta é demitido da banda, sendo substituído pelo guitarrista Alan Reale. O último show de Ankatu foi em Santiago em 15 de dezembro de 2012.

COMEMORAÇÃO DOS 50 ANOS (2013)

Em 15 de agosto de 2013, o grupo realizou um grande recital gratuito para comemorar seus 50 anos no Parque Forestal de Santiago, em frente ao Museu de Bellas Artes, onde também exibiu uma exposição com fotos e gráficos de sua história.

O evento contou com a presença de mais de 60.000 pessoas e importantes grupos musicais chilenos acompanharam a celebração. Tumulto, Sol Domínguez, Tita Parra, Chancho en Piedra, Los Tres, Florcita Motuda, Inti-Illimani Histórico, Joe Vasconcellos, Juana Fe, Congreso, Colombina Parra, Saiko, Nicole e Sergio Lagos foram alguns dos artistas que participaram da homenagem onde as figuras de Eduardo "Gato" Alquinta e Gabriel Parra foram permanentemente lembradas. Para a ocasião, também viajou de Paris Eduardo Parra, integrante da formação original, que leu alguns de seus poemas e participou interpretando algumas canções.

FILME BIOGRÁFICO

Em março de 2013, mesmo ano das comemorações dos 50 anos da banda, o cineasta chileno-holandês Erasmo de la Parra (filho de Claudio Parra), convenceu os músicos a fazerem um longa-metragem dramatizado baseado na trajetória criativa da banda. infância até a época em que eram conhecidos como The High Bass em Viña del Mar no início dos anos 60. O diretor anunciou na página oficial do filme no Facebook que a produção teria passado por uma longa negociação com a Netflix mas finalmente a produtora optou por outros projetos. O filme com o título "High Bass" está em fase de pré-produção com data de lançamento estimada para 2023 e conta com a participação de produtores belgas, holandeses e britânicos (entrevista com Erasmo Parra, autor de "High Bass"). O elenco é formado pelos artistas Eusebio Arenas, Diego Noguera, Marina Mutis Parra e Celine Reymond, entre outros.

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Los Jaivas is a Chilean rock band, known for combining psychedelic rock and progressive rock with Latin American, mainly Andean, folkloric instruments and rhythms. The band was formed in Viña del Mar, Valparaiso Region, Chile, in 1963 and is still active. Los Jaivas has always been considered the most important and influential band in Chile and one of the most important in South America.

Los Jaivas received several awards: the Chilean Traditional Figure Award, the National Culture Award (1963), the National Music Award (2004), the Pablo Neruda Artistic and Cultural Merit Award from the Ministry of Culture, and the President of the Republic Award (2003) ), in the Popular Music category.

In more than half a century of uninterrupted musical activity, Los Jaivas has been characterized by the exploration and fusion of different styles, from the tropical music of its beginnings, through progressive rock, passing through avant-garde improvisation and jazz, classic rock, Andean music and Latin American fusion.

Throughout their career, in addition to composing, arranging and performing a large number of their own songs, the band set works by Nobel Prize winner Pablo Neruda to music and arranged and performed compositions by creators such as Violeta Parra and Osvaldo Rodríguez.

HISTORY

ORIGINS (1963-1971)

The origins of Los Jaivas can be found in the family nucleus formed by the brothers Eduardo, Claudio and Gabriel Parra, from Viña del Mar. Together with their friends and classmates at Escola Secundária Guillermo Rivera Cotapos, located east of Calle Montaña (a few steps from la Quinta Vergara), Eduardo "Gato" Alquinta and Mario Mutis, began to discover music as a way of expressing his creativity and permanent restlessness.

So it was that on August 15, 1963, under the name The High & Bass, which alluded to the differences in height between the Parra brothers, Gato and Mario, they made their first performance at the Municipal Theater of the city, interpreting, among others, the song "Sueña", by Luis Dimas. The performance is disastrous and the audience vehemently disapproves. Over the next six years, and with its stable formation (Eduardo on keyboards, Claudio on accordion and piano, Gabriel on drums, Gato on guitar and Mário on bass) the band develops its musical proposal at parties and get-togethers in Viña Marina, presenting mainly music tropical, cha cha cha, bossa nova and boleros, with good results.

After these years of experimentation and learning, the group strongly questioned their work and, influenced by university reform and North American ideals, decided to change their musical style, moving from mere performers to creators and paving the way for full musical improvisation and the avant-garde.

Between 1970 and 1971, and with the name already translated into Spanish as Los Jaivas, the group's shows became absolute improvisations, without prepared scripts or schemes, and with each musical instrument generating its own atmospheres, even with the help of the public. Improvisation leads them to value their Latin American musical roots and explore the sounds of ancestral instruments, which allows them to combine seemingly irreconcilable styles, but which Los Jaivas decided to capture in their subsequent musical creation.

Various concerts from this period - including those performed at the Festival de Música de Avant-garde de Viña del Mar (January 1970), at the Sala de la Reforma de la Facultad de Ciencias y Artes Musicales at the University of Chile (May 1970), at the Cine Arte de Viña del Mar (June 1970) and the Parque del Instituto Cultural de Las Condes (May 1970), in addition to the soundtrack prepared for a film that was never made ("¿Qué hacer?" by Raúl Ruiz, soundtrack recorded in October 1970) - are incorporated into the five-disc collection entitled "La vorágine", which documents the period known as the "prehistory of Los Jaivas".

In addition, at that time, the group participates in the mythical Festival de Piedra Roja and makes its first official recording, homonymous, known as "El volantín", due to its characteristic cover. The album, released in 1971, contains improvisations along the lines of the avant-garde explored earlier, but also includes the first sketches of composition, especially in songs like "Foto de primera comunión" and "Que o la tumba serás".

TODOS JUNTOS (1972-1973)

In April 1972, the band released the single "Todos juntos", which catapulted them to fame throughout Chile. The band does not participate in the hectic political speeches of the time. The theme, originally thought of as a B-side, gains high rotation on the radios and repercussions in the phonographic market due to the fusion it achieves between the lyrics that call for unity and peace among human beings and the combined use of Latin American rhythms with traditional rock instruments. The band's fame increased in September 1972, with the release of "Mira niñita/Cuero y piel", the band's second single, whose A-side also became a classic of Chilean popular music.

With the release of their self-titled second album in early 1973 (known, from the cover, as "La ventana" and reissued under the title "Todos juntos" in several Latin American countries), which incorporates the two A-sides of the singles from 1972, in addition to a side full of completely improvised songs, the group's success is even greater, at a time marked by hippie idealism. Los Jaivas is seen in Chile as a symbol of the time, and its prestige and popularity increased thanks to participation in numerous concerts, including the recital "Los caminos que se abren" in February 1973 and another in August of the same year, in Viña del Mar, in which they present their first approaches to symphonic music.

In 1973, director Raúl Ruiz invited them to be the band that created the soundtrack for another of his films, "Palomita blanca", which would only see the light of day 19 years later.

IN ARGENTINA (1973-1977)

The coup led by Augusto Pinochet on September 11, 1973 made the group decide to move to a community in the city of Zárate, Argentina. Already consolidated in this country, and in alliance with the Brazilian musician Manduka, they recorded in 1974 a series of songs in the Odeón studios (Buenos Aires), which in 1979 would be released in Spain by the Movieplay label, within the album "Los sueños de América", album that contains formal compositions and improvisations that arise spontaneously between the musicians.

In September 1974, Mario Mutis had to return to Chile for personal reasons. He was absent, in the first instance, until November of the same year, when he was briefly replaced by Freddy Anrique, a musician who had already assisted the band in the recordings of "Palomita blanca", the previous year. Mario returns to the band at the end of November of that year. However, in May 1975, and after a brief return by Los Jaivas to Chile, Mario Mutis remained in the country, being replaced on bass by Julio Anderson, who debuted later that month. With this bassist, the group records another self-titled album - "Los Jaivas" -, also known as "El indio", released in December. It is this album that ends up defining the musical identity of Los Jaivas, with regard to the fusion of traditional Latin American sounds, those coming from progressive rock, such as electric guitar, organ and drums, and even elements of classical music, provided by characteristic sound of the piano played by Claudio Parra.

With Anderson's departure in November 1975, Pájaro Canzani joined the band on bass, guitar and backing vocals, and Alberto Ledo on charango, other string instruments, percussion and backing vocals. With this formation, which enriched the group's sound in voices and arrangements, they released the single "Mambo de Machaguay (primera versión)/En tus horas", in 1976, and the album "Canción del sur", in 1977. The album incorporates for the first time the minimoog played by Eduardo Parra, in the homonymous track of the album.

They travel all over the country, from the interior to Patagonia. Tours cover the east coast of the continent, Uruguay, Paraguay and Brazil. His television appearances become regular and he performs several symphonic concerts, an unprecedented experience in Argentina, together with the Municipal Symphony Orchestra of Mar del Plata and the Buenos Aires Symphony Orchestra. One of these presentations is the group's farewell to America, who already looked to Europe as their next step, especially considering the difficult political situation in Argentina, which even led to the temporary arrest of Eduardo Parra.

COMMUNITY IN EUROPE (1977-1981)

At the end of 1977, a ship transported Los Jaivas to Europe, which settled in an 18th century Parisian mansion to continue its life in community.

As soon as the musicians arrived, they began a series of recitals in theaters such as Le Palace, Athénee and Cité Universitaire, in Paris. In the Netherlands, they perform in various clubs and outdoor parks, such as Vondel Park, at a large popular music festival.

In mid-1978, a year after their arrival in Europe, they performed at the famous Teatro Olympia in Paris, as a result of their work up until then, traveling through Belgium, Germany, Spain and Italy. This year, the group's only single commissioned by an external producer is also released: "Bebida mágica"/"Sueño del Inca".

In 1979 they went on their first tour of England. They perform a season at the Shaftesbury Theater in the middle of Piccadilly Circus. London welcomes them with unusual enthusiasm and excellent reviews. The specialized press points Gabriel Parra as one of the three best drummers in the world. That same year, Mario Mutis returned to the band and Pájaro Canzani left to pursue a solo career.

1980 finds Los Jaivas touring Spain, the provinces of Palma de Mallorca, Andalusia, Madrid and two concerts at Teatro Romea in Barcelona, as well as a performance in Salamanca in the middle of the desert. Shortly afterwards, Alberto Ledo leaves the band.

In November of that same year, with its original formation, and at the invitation of Radio France, the group conceived and prepared its own interpretation and arrangements of songs by the Chilean singer and composer Violeta Parra, which would be released on disc in 1984 under the name "Works by Violeta Parra", one of her most praised works.

THE WORLD (1981-1988)

The idea of musicalizing and interpreting poems from Pablo Neruda's "Canto general", which appeared in 1981, inspired Los Jaivas to record their most famous and transcendent album, "Alturas de Machu Picchu", and allowed them to return to Latin America to record the scenes corresponding to the television special that would accompany the album, presented by Peruvian writer and Nobel Prize in Literature Mario Vargas Llosa. The album features such important songs as "Amor americano", "La poderosa muerte" and "Sube a nacer conmigo hermano", which, through their complex musical structures, manage to fully interpret Neruda's torrential poetry. "Alturas de Machu Picchu" remains one of the best-selling Chilean albums in history, and the documentary, filmed in collaboration between Canal 13 in Chile and Canal 7 in Peru, achieves a fusion of poems, landscape, mysterious spirit and of the legend of a vanished civilization, with natural lighting effects, so that the images obtained help to deliver a total work of great cultural magnitude, as few have been done in Latin America.

The 1981 tour took them to Argentina, Chile, Peru and Uruguay, and in 1982 they returned to Europe to perform "Alturas de Machu Picchu" in Germany, Spain, Holland and France, and record a new album, "Aconcagua", which would be released in Chile the following year. The Chilean version of the album contains a new version of "Mambo de Machaguay", which becomes an immediate success on the radio: the editions of the other countries incorporate a re-recording of the now classic "Todos juntos".

The band returned to Chile in October 1982 and left the country in February 1983 with a great show at Quinta Vergara in Viña del Mar, for over twenty thousand people. Then, they play for three days at the Obras Sanitarias stadium, in Argentina, shows that are recorded in the album "Los Jaivas en Argentina", released in the same year. Later, they continue with an extensive tour that takes them to Peru, Ecuador, Colombia, Venezuela, Mexico, Brazil, Holland and then to the then republics of the Soviet Union: Russia, Lithuania, Kazakhstan and Kyrgyzstan. From these performances the live album "Los Jaivas in Moscow" is recorded, which is released in all Soviet territories.

After that, Los Jaivas return to Chile on a whirlwind trip to record a television special in Chilean Antarctica, and then embark on a new tour that takes them to France, Switzerland, Belgium, Holland, Germany and Finland. This tour was interrupted by the invitation from Buenos Aires to represent Chile at the Encuentro de Fraternidad Chileno-Argentino in front of more than 80,000 people, including Chileans and Argentines, due to the final agreement between the two countries on the border issue, which was about to unleash a fratricidal war.

In July and August 1984 they returned to Paris to record "Obras de Violeta Parra", which was finally released as a double album, with the participation of Isabel Parra and Patricio Castillo.

The following year, Mario Mutis left the band again and was replaced by Pájaro Canzani. With this formation, they made their first tour of the United States and Canada, performing at the famous and exclusive Carnegie Hall in New York (along with the mythical band RataJuana): in addition to Washington and Springfield. In 1985 the group decided to end their stay in Paris.

1986 and 1987 pass quickly with non-stop activity. The shows follow one another. In addition to the usual circuit of France, Germany, Holland, Spain and Italy, they continue through Switzerland, Sweden, Austria and the Nordic countries. They perform a concert in Piazza San Marco, during the famous Venice Carnival.

SI TÚ NO ESTÁS AND THE DEATH OF GABRIEL PARRA (1988-1995)

In 1988 Los Jaivas, with the support of charanguist and bassist Fernando Flores, returned to Latin America on a new tour. The farewell show in Chile, at the Santa Laura stadium, would also be the farewell of Gabriel Parra, the band's drummer, who died in a car accident on a road south of Lima.

The farewell is held in Viña del Mar, hometown of almost the entire group. More than 100,000 people attended his funeral, including an honor band made up of drummers from various Chilean groups. Condolences are received from all over the world and, after a few weeks, the album "Los Jaivas en vivo: Gira 1988" is released, which is a tribute to the drummer from its cover.

In August of the same year, the rest of the group decided to move on, and they got together in Paris to finish, with the help of bassists Pájaro Canzani and Mario Mutis and drummer Marcelo Muñoz, nephew of Gato Alquinta, the album "Si tú no are you", which began a year earlier with Gabriel. The album, released in 1989, turns out to be the most intimate of the group, and it explores sounds from electronic and programmable instruments. The album is presented with a great show at the Santa Laura stadium called "Los caminos que se abre II", in which they perform with Marcelo Muñoz on drums, Pájaro Canzani on bass and Luis Núñez on charango, as a guest musician.

On the tour that took place in Latin America during the summer of 1991, the young Juanita Parra, Gabriel's daughter, participated in the group performing the song "Corre que te pillo". Despite her youth, she shows exceptional conditions on the drums, which move the public, who see in her a natural continuation of her father's role. Upon returning to Europe, she officially joined the group as a drummer, but had to go through a preparation and study phase that would last five years.

Some European tours are held in Toulouse, Paris, Berlin, Munich, Brussels, Antwerp and Oslo, which allow for filming with the new drummer. In 1992, moreover, the group published the soundtrack of the postponed film "Palomita blanca", which they had recorded during 1973.

This stage between 1990 and 1995 is the germ of the album "Hijos de la Tierra", which signifies the reunion of Los Jaivas with its roots and with its public, the consecration of Juanita as heiress of the group's drums and the first places of popularity during several weeks.

THE REUNION (1995-1999)

The group returned to settle in Chile and recorded their classic "Todos juntos" again, with the help of several national musicians. This version, which is used as the official anthem of the VI Ibero-American Summit of Presidents in 1996, generates the recording of the album "Trilogía: El reencuentro", which contains new versions of previous songs by the band, recorded with the collaboration of several Chilean artists and Latin Americans, including León Gieco, Pájaro Canzani, Los Tres, Eduardo Gatti, Illapu, Javiera Parra and Congreso. This album also means the definitive return of Mario Mutis to the band, on bass.

Great activity will come in the following years, during the reunion with Chile. They participate in the collective album "Tributo a Víctor Jara" (1998) and also record, upon request, songs such as "Todos americanos", anthem of the II Summit of the Americas, and "Por los niños del mundo", commissioned by Unicef on the occasion the signing of the Convention on the Rights of the Child. In addition, together with Illapu and Los Tres, they perform the massive recital "Hecho en Chile", which brings together more than 60,000 people in the National Stadium.

The following work, "Mamalluca" (1999), reflects the group's interaction with a complete symphony orchestra, through the setting of a set of poems that the group's keyboardist, Eduardo Parra, composed inspired by the Elqui Valley, during one of the tours that the band performed in the cities of the interior of Chile.

RECORDING STOP AND DEATH OF GATO (1999-2013)

Between 2000 and 2002, the band released the compilation of cuecas "En el Bar-Restaurant 'lo que Nunca se supo'" and the album "Arrebol", which brings together new compositions with all the songs recorded during the reunion phase with Chile: these releases also mark the entry of Carlos Cabezas in the band, playing charango, woodwinds, percussion and choirs. "Arrebol" would also be the last album of originals released until then by Los Jaivas. Cuecas is a popular and traditional dance from several countries in the Andean zone, with a lively rhythm, which is danced in pairs: the figures that dance symbolize the different stages of an idyll in which the dancers look for each other, approach and avoid each other, repeating these shapes in agile rounds. It is the national dance of Chile. Cuecas is also known as a musical composition that accompanies this dance, written in measures of six by eight, and which usually has lyrics.

On that date, the double compilation "Obras cumbres" was also released, a sales success throughout the country. In 2002, Los Jaivas performed at the Festival da Canção de Viña del Mar on Sunday, February 24th. On December 7, 2002, he performed with Argentine singer Fito Páez. Both events were broadcast on Channel 13 screens.

In January 2003, tragedy struck again. Eduardo "Gato" Alquinta, lead singer of the group, dies unexpectedly on a beach in Coquimbo, in northern Chile. His farewell is massive, more than 400,000 people wait until five hours to say goodbye.

Again, the group decides to continue despite everything, incorporating three of Gato's children, Ankatu (guitar), Eloy (flute, sax and wind instruments) and Aurora (vocals), to replace him. With this formation, the group makes a national tour with the title of "Gato presente". Aurora leaves the group and the voice is in charge of Mário and Carlos. With this formation, the group continued its work and tours throughout the country during 2003, the year in which it received the National Music Award, President of the Republic and the Pablo Neruda Medal.

Unexpectedly and just a year after his father's death, Eloy suffered a heart attack and died at the age of 32, returning from a trip to Argentina, replaced by his bandmate Francisco Bosco.

During 2004, the band re-released their classic album "Alturas de Machu Picchu", on the occasion of the centenary of the birth of the poet Pablo Neruda, accompanied by a deluxe edition on DVD of the television special recorded in 1981, in the historic Machu Picchu (Peru), a joint project between the national television of Peru and Chile, and a tour of the country presenting this complete work, which is a success with the public.

In 2005, the compilation "Canción de amor" was released, which brings together romantic themes released throughout the band's discography.

Among several other activities, in 2006 the group performed a historic concert on Easter Island, together with the Chilean Navy Orchestra, and within the framework of the month of the sea celebrations. On September 20, 2006, Canal 13 broadcast the television special "Los Jaivas en Rapa Nui: Ojos que miran el mundo", which includes fragments of the recital, in addition to interviews with the group and with the inhabitants of the Island. The DVD that includes the event was finally released on the market in November 2007 with the title "Los Jaivas en Rapa Nui".

On September 27, the album "Homenaje a Los Jaivas" is released, by several Chilean musicians (among them, Álvaro Henríquez, Los Bunkers, Javiera y Los Imposibles, Difuntos Correa and Chancho en Piedra). Despite not being featured on the official album, Fahrenheit paid their own tribute to Los Jaivas on the second edition of their album "Nuevos tiempos", with a rendition of "Todos juntos".

2007 begins as a year of great activity in terms of presentations. They kick off on January 6 when they perform at Chile's Estadio Nacional at the pinnacle of Chilean rock, a historic moment in which prominent Chilean artists, including Los Tres, Saiko, Difuntos Correa, Los Bunkers, Javiera y Los Imposibles, Chancho en Piedra, Jorge González, Fahrenheit and others. In the same month, they performed again at the Festival del Huaso de Olmué, where they presented excerpts from their show "Los Jaivas en Rapa Nui", and in which they were elected the most popular artists in the contest.

They continue to participate in major events with musicians from the new generations. Santiago Rock stands out in 2008, in which they even made versions of songs together with the group Los Tres: a new presentation at the Festival del Huaso de Olmué, in 2009 and, without a doubt, the Chilen Rock Summit II, in which time was short for his presentation, and which ended with a version of the classic "Todos juntos" with a good part of the artists who participated during the event, before the massive audience that day at the Equestrian Club in Santiago.

During 2009, Eduardo Parra, one of the founders of the group, announces his departure from the stage, due to the worsening of the polio that he suffered since he was a child. The band had already performed without his presence since 2007, with Francisco Bosco replacing his instrumental parts on saxophone and synthesizer. In this regard, another founder, Mario Mutis, has indicated that this new change in the band's composition will not affect its continuity: "We assume this accordingly, thinking that music must continue. Adapting to changes has been the key to our life in group", although within the scope of the Universal Forum of Cultures of Valparaíso 2010, where the group performed a concert centered mainly on the album "Alturas de Machu Picchu", Eduardo was the opening speaker and also joined the band to take his place in some of the issues . The group performed together with Eduardo within the framework of the celebrations of the Bicentennial of the Republic of Chile and at Telethon 2010, both events held at the National Stadium.

The band was one of the artists invited to the Festival de Viña 2010, however their performance did not materialize, since the day they were going to perform (February 27th) was suspended due to the earthquake that occurred in the early hours of that day, due to the that the Festival organization decided in November 2010 to invite Los Jaivas to the following year's version, coinciding with the celebration of the 40th anniversary of the release of their first album. They are presented on the night of February 25th and the audience present at Quinta Vergara rewards them with the highest prizes in the Viñamarino contest.

On March 22, 2011, Los Jaivas performed in honor of the President of the United States of America, Barack Obama, in the courtyard of Los Cañones of the Palacio de La Moneda.

In January 2013, Ankatu Alquinta is fired from the band, being replaced by guitarist Alan Reale. Ankatu's last concert was in Santiago on December 15, 2012.

CELEBRATION OF 50 YEARS (2013)

On August 15, 2013, the group held a large free recital to celebrate its 50th anniversary at Parque Forestal de Santiago, in front of the Museo de Bellas Artes, where it also exhibited an exhibition with photos and graphics of its history.

The event was attended by more than 60,000 people and important Chilean musical groups accompanied the celebration. Tumulto, Sol Domínguez, Tita Parra, Chancho en Piedra, Los Tres, Florcita Motuda, Inti-Illimani Histórico, Joe Vasconcellos, Juana Fe, Congreso, Colombina Parra, Saiko, Nicole and Sergio Lagos were some of the artists who participated in the homage where the figures of Eduardo "Gato" Alquinta and Gabriel Parra were permanently remembered. For the occasion, Eduardo Parra, a member of the original line-up, also traveled from Paris, who read some of his poems and participated in the interpretation of some songs.

BIOGRAPHICAL FILM

In March 2013, the same year as the band's 50th anniversary celebrations, the Chilean-Dutch filmmaker Erasmo de la Parra (son of Claudio Parra), convinced the musicians to make a dramatized feature film based on the band's creative trajectory. childhood until the time when they were known as The High Bass in Viña del Mar in the early 60s. The director announced on the official Facebook page of the film that the production would have gone through a long negotiation with Netflix but finally the producer opted to other projects. The film entitled "High Bass" is in pre-production with an estimated release date of 2023 and has the participation of Belgian, Dutch and British producers (interview with Erasmo Parra, author of "High Bass"). The cast is formed by the artists Eusebio Arenas, Diego Noguera, Marina Mutis Parra and Celine Reymond, among others.

A discografia completa deles não

estará disponível aqui, mas eu compartilho

seus melhores álbuns para você apreciar.

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Their complete discography will not be

available here, but I share their best

albums for your appreciation.

fundación cultural los jaivas

losjaivas.net

Membros

Atuais

Ankatu Alquinta

- vocal, guitarra

Juanita Parra - bateria

Mario Mutis - vocal,

guitarra, baixo, percussão

Claudio Parra - piano, vocal

Francisco Bosch - sax, órgão

Carlos Cabezas - charango,

vocal, violino,

flauta

Ex-membros

Eloy Alquinta - vocal,

saxofone, percussão

Aurora Alquinta - vocal

Gato Alquinta - vocal, guitarra

Eduardo Parra - órgão, percussão

Edumuybueno Carlos - guitarra

Julho Anderson - contrabaixo

Carlos Canzani - guitarra-baixo

Alberto Ledo - charango, quena

Fernando Flores - baixo

Marcelo Muñoz - bateria

Gabriel Parra - bateria

ALBUMS

Los Jaivas (1972)

[Todos juntos]

01. Marcha al

interior del espiritu

02. Mira niñita

03. Todos juntos

04. En la quebra del aji

05. Ciclo vital

(Improvisaciones

en re-percusion)

06. Los caminos

que se abren

07. Pasillo del

Condor

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Los Jaivas (1975)

[El indio]

01. Pregón

para illiminarse

02. Guajira cósmica

03. La conquistada

04. Un mar de gente

05. Un día de tus días

06. Tarka y Ocarina:

a) diablada  b) Trote 

c) Kotaikí

07. En tus horas

08. Mambo de

Machaguay

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Canción del Sur (1977)

01. La vida mágica ¡Ay, sí!

02. Canción del Sur

03. Canción para los pájaros

04. En la cumbre de un cerro

05. Danzas

06. Dum dum tambora

07. Frescura antigua

08. En tus horas

09. Mambo de Machaguay

10. Sueño del Inca

11. Bebida mágica

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[artworks in low quality]

Alturas de

Machu Picchu (1981)

[LP version]

01. Del aire al aire

02. La poderosa muerte

03. Amor americano

04. Aguila sideral

05. Antigua América

06. Sube a nacer

conmigo hermano

07. Final

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Alturas de

Machu Picchu (1981)

[CD version]

01. Del aire al aire

02. La poderosa muerte

03. Amor americano

04. Aguila sideral

05. Antigua América

06. Sube a nacer

conmigo hermano

07. Final

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Aconcagua (1982)

01. Aconcagua

02. Desde un barrial

03. Debajo de las higueras

04. Takirari del puerto

05. Mambo de Machaguay

06. Huairuro

07. Corre que

te pillo

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Obras de Violeta Parra (1984)

01. Arauco

tiene una pena

02. El guillatun

03. Mañana me voy pa'l norte

04. Y arriba quemando el sol

05. El gavilan

06. Un rio de sangre

07. Run-run se fue pa'l norte

08. En los jardines humanos

09. Violeta ausente

10. Que pena siente

el alma

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Hijos de la Tierra (1995)

01. Hijos de la Tierra

02. Arde el Amazonas

03. Litoralena

04. En el tren a Paysandu

05. Tan lejos del Sol

06. Lluvia de estrellas

07. Virgen del amor

08. Bosques virginales

09. Nubecita blanca

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Arrebol (2001)

01. Arrebol

02. Milonga carcelaria

03. Alegria de mi amor

04. Todos americanos

05. Por los niños del mundo

06. Libre albedrío

07. Vamos por

ancho camino

08. Chile

09. Me encontré al diablo

10. Pololeo por computer

11. Amores de antes

12. Que suerte tengo

13. El residente

nacional

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Los Jaivas

y la musica

latinoamericana

(Cuaderno pedagógico)

[PDF, 2022]

Download do PDF: enjoy!

Link para o download dos

8 albums + PDF: enjoy!

Los Jaivas: Alturas

de Macchu Picchu (2004)

[DVD, recorded in 1981]

01. Del aire al aire

02. La poderosa muerte

03. Amor americano

04. Aguila sideral

05. Antigua América

06. Sube a nacer

conmigo hermano

07. Final

Presentation in charge of

the Peruvian Nobel Prize

Nominee Mario Vargas Llosa

talking about Pablo Neruda's

masterpiece

Extras:

01. Behind the cameras:

Interesting document about how

"Alturas de Macchu Picchu" was filmed.

02. Sube a nacer conmigo hermano,

The world is a stage:

Beautiful collage of shows

around the world with the

different formations.

03. Aguila sideral:

First presentation of a video

clip of this song recorded in EMI

- Electrola, Kцln Germany,

in June 1981

Plus several extras

more.

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Los Jaivas - Mira niñita - 1972

Los Jaivas - Canción del Sur - 1977

Los Jaivas - La poderosa muerte - 1981